Cinema

Festival do Rio 2022 anuncia vencedores

Conheça os ganhadores dos troféus Redentor e do Prêmio Felix

Foto: Divulgação
Festival do Rio

O Festival do Rio acaba de anunciar os premiados da edição 2022, nesta noite de domingo, dia 16, em cerimônia no tradicional Cine Odeon -- Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro. A atriz e cantora Samantha Schmütz e o ator Ícaro Silva apresentaram a festa que foi por diversas vezes interrompida pelo aplausos da plateia desde a sua abertura, quando a dupla cantou à capela uma seleção de canções brasileiras de trilhas de filmes exibidos no festival, terminando com a icônica "Andança", eternizada por Beth Carvalho.

Este ano a competição ficou ainda maior com a criação de duas novas categorias: Direção de Arte na competição oficial e Melhor Direção na mostra Novos Rumos. Ampliando ainda mais o espaço em reconhecimento à diversidade de temas, estilos e pessoas que formam o cinema brasileiro.

A diretora de programação do Festival do Rio, Ilda Santiago, comemorou a presença de tantos realizadores, falou da importância da reconexão do público com o cinema, e completou: "que o Festival continue sendo um lugar da inclusão, do acolhimento e onde todos são vistos na tela e respeitados pelo que são". A diretora Walkiria Barbosa completou falando sobre a riqueza dos debates no Rio Market e o sucesso das rodadas de negócios.

A cerimônia foi aberta com a entrega do Troféu Redentor para os vencedores da Mostra Novos Rumos. Como parte do Prêmio Felix, o ator Paulo Gustavo foi homenageado com o Prêmio Suzy Capó, que será entregue à sua mãe, Dona Déa, pela apresentadora Samantha Schmütz. "Paloma", de Marcelo Gomes, foi premiado como Melhor Filme pelo Prêmio Felix e pelo júri oficial da Première Brasil. Por fim, um dos momentos emocionantes da noite: o ator Timothy Wilson comemorou no palco seu Troféu Redentor de Melhor Ator Coadjuvante com uma frase entusiastamente aplaudida: "Agradeço à diretora e ao Festival. Esse prêmio é para provar que autista também sabe atuar".

Os discursos foram marcados por emoção e falas políticas, não só dos premiados mas também do jurados. A palavra resistência foi repetida várias vezes ao longo da noite, ao lado de termos como diversidade, corpos, representatividade, vozes, gênero, ancestralidade.

Premiados

Première Brasil

O júri da Première Brasil é composto por Antônio Pitanga (presidente), Clélia Bessa, Andréia Horta, João Jardim, Bernard Payen e Eleonora Granata-Jenkinson.

Melhor longa de ficção: Paloma, de Marcelo Gomes (Carnaval Filmes)

Melhor longa documentário: Exu e o Universo, de Thiago Zanato (Em Caliente Films)

Menção honrosa do júri: 7 Cortes de Cabelo no Congo, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo e Pedro Rossi

Prêmio Especial do Júri: Mato Seco em Chamas, de Adirley Queirós e Joana Pimenta (Cinco da Norte)

Melhor direção de ficção: Julia Murat, por Regra 34 

Melhor direção de documentário: Juliana Vicente, por Diálogos com Ruth de Souza

Melhor fotografia: Joana Pimenta, por Mato Seco em Chamas

Melhor roteiro: Carolina Marcowicz, por Carvão

Melhor direção de arte: Marines Mencio, por Carvão

Melhor montagem: Matheus Farias, por Propriedade

Melhor atriz coadjuvante: Aline Marta, por Carvão

Melhor ator coadjuvante: Timothy Wilson, por Fogaréu

Melhor ator: Dario Grandinetti, por Bem-vinda, Violeta!

Melhor atriz: Kika Sena, por Paloma

Melhor curta: Escasso, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles


Premiere Brasil Novos Rumos

O júri é composto por Sara Silveria (presidente), Alice Marcone, Dina Salem Levy e Eduardo Ades.

Melhor longa: Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre

Melhor direção: Leonardo Martinelli por Fantasma Neon

Prêmio Especial do Júri: Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zampaulo

Melhor curta: Curupira e a Máquina do Destino, de Janaina Wagner


Prêmio Felix

O júri do Prêmio Felix é composto por Ailton Franco Jr (presidente), Marcio Debellian, Mayara Aguiar e Luiza Shelling Tubaldini.

Melhor Filme Brasileiro: Paloma, de Marcelo Gomes

Melhor Documentário: Corpolítica, de Pedro Henrique França

Menção Honrosa: Não é A Primeira Vez que Lutamos pelo Nosso Amor, de Luis Carlos de Alencar

Melhor Filme Estrangeiro: Meu Lugar no Mundo (Mi Vacío y Yo), de Adrián Silvestre

Prêmio Especial do Júri: Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues

Homenagem - Prêmio Suzy Capó Personalidades do Ano para o ator e comediante Paulo Gustavo, in memoriam

O Festival do Rio é o grande encontro do cinema da América Latina. Desde sua criação, em 1999, já foram exibidos 7 mil longas, incluindo obras recém-premiadas em Cannes, Berlim, Toronto, Veneza e outros. Formador de público mas também de mão de obra, o Festival do Rio capacitou milhares de profissionais. Anualmente o evento reúne, além de filmes exibidos nos mais importantes festivais mundiais, diversas mostras temáticas e sessões populares. Distribuídos em diferentes mostras, incluindo a competitiva Première Brasil, os filmes nacionais compõem parte fundamental do festival, que é a maior vitrine da produção brasileira.

O Festival do Rio tem apresentação e patrocínio master da Shell Brasil - Lei Federal de Incentivo à Cultura - e da Prefeitura do Rio de Janeiro - por meio da RioFilme, órgão que integra a SEGOVI (Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública). Também conta com o apoio da FUNARJ e apoio institucional da FIRJAN. O Festival do Rio é uma realização da Cinema do Rio.