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Preço do etanol cai em 16 Estados

O preço médio do etanol recuou 0,75%

Foto: LEIAMAISba
Os preços foram pesquisados pela ANP em postos de todo o País

Os preços médios do etanol hidratado caíram em 16 Estados na semana passada, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. O biocombustível se valorizou em 10 Estados e no Distrito Federal.

Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol recuou 0,75% na semana em relação à anterior, de R$ 4,910 para R$ 4,873 o litro.

Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 0,64%, de R$ 4,556 para R$ 4,527 o litro.

Roraima foi a unidade da Federação com maior recuo porcentual de preços na semana, de 4,12%, de R$ 6,286 para R$ 6,027 o litro.

O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,89 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 4,493, foi registrado em Mato Grosso.

O maior preço médio estadual, de R$ 6,503, foi observado no Rio Grande do Sul, que também registrou o maior preço, de R$ 7,89 o litro.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 6,72%. O Estado com maior baixa porcentual no período foi São Paulo, com 8,43% de desvalorização mensal do etanol.

O etanol manteve-se mais competitivo do que a gasolina em quatro Estados, na semana passada: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo. É o que mostra levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.

Os critérios consideram que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.

Em Goiás, a paridade é de 64,52%; em Mato Grosso, de 63,05%; em Minas Gerais, de 65,12%, e em São Paulo, de 64,91%.

Na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 65,94% ante a gasolina, portanto mais favorável do que o derivado do petróleo.

Executivos do setor afirmam que o etanol pode ser competitivo com paridade maior do que 70% a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

São Paulo reduz ICMS da gasolina 

O governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou nesta segunda-feira, 27, que o Estado está aplicando imediatamente a redução da alíquota de ICMS da gasolina de 25% para 18%, após o presidente Jair Bolsonaro sancionar, na sexta-feira, 24, o teto na cobrança do imposto estadual sobre os combustíveis.

Ao criticar o veto presidencial à compensação financeira dos Estados, Garcia informou que a redução do tributo nas vendas do combustível representa uma perda de arrecadação, em base anualizada, de R$ 4,4 bilhões, o que vai comprometer investimentos do Estado em áreas estratégicas, incluindo saúde e educação.

Durante o anúncio em entrevista coletiva ao lado do secretário estadual da Fazenda, Felipe Salto, no Palácio dos Bandeirantes, Garcia disse que a expectativa é de uma queda de 48 centavos, para abaixo de R$ 6,50, do preço da gasolina na bomba dos postos paulistas.

O governador de São Paulo ressaltou que, apesar de implantar desde já o limite máximo do imposto para aliviar a inflação que pesa na renda das famílias, o ICMS nunca foi o vilão do preço dos combustíveis, mas sim a política de preços da Petrobras, que é nacional.

Citando margens de lucro da estatal superiores às de concorrentes internacionais, Garcia declarou que a estatal "ganha muito e devolve pouco para a população do País". "Espero que a Petrobras e o governo federal tomem medidas para que a gente não venha a assistir aumento de preços de combustível nesse país", disse o governador.

Garcia voltou a defender as compensações federais como melhor caminho para que o teto do ICMS não comprometa o investimento público dos Estados. O chefe do Executivo paulista observou que, do total de R$ 4,4 bilhões que São Paulo deixa de arrecadar, 30% iriam para educação e 12% para a saúde.

"Vamos trabalhar bastante, usando o superávit fiscal que tivemos no ano passado, para evitar neste ano alguma redução de investimento. Mas não tenho dúvida de que a partir de 2023, se a situação perdurar, vamos ter menos investimento em saúde e educação", declarou o governador.

Novo presidente da Petrobras

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou Caio Mario Paes de Andrade presidente-executivo da empresa por sete votos a três nesta segunda-feira, 27. Ele também foi aprovado para integrar o Conselho.

Segundo fontes, votaram a favor de Paes de Andrade os cinco conselheiros da União e dois representantes de acionistas minoritários. Outros três conselheiros minoritários votaram contra a indicação.

Paes de Andrade será o quinto presidente da Petrobras no governo Jair Bolsonaro, em sucessão novamente marcada pela queda de braço entre o governo e a diretoria da petroleira sobre a alta nos preços dos combustíveis em refinarias da Petrobras, hoje alinhados ao mercado internacional.

Paes de Andrade é formado em Comunicação Social pela Universidade Paulista e tem cursos de pós-graduação em administração pelas americanas Harvard University e Duke University.

Com passagens por empresas de tecnologia da informação, ele migrou para a administração pública em 2019, quando assumiu a presidência do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Em agosto de 2020, ele assumiu o cargo de secretário especial de Desburocratização do Ministério da Economia.

Paes de Andrade também é membro do Conselho de Administração da Embrapa e da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), estatal que administra o óleo lucro da União em campos produtores do pré-sal Aí reside seu único contato mais claro com o setor de óleo e gás.