Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil tem o maior índice de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo. São quase 19 milhões de brasileiros diagnosticados, o que se intensificou durante a pandemia da covid-19.
A percepção desse quadro entre os brasileiros está cada vez maior e a busca por esse tema no País lidera o ranking das pesquisas, representando 20,1%.
É o que revela o “Report Anual da Saúde Mental dos Brasileiros”, relatório quantitativo detalhado com dados extraídos da plataforma Psicologia Viva, maior empresa de saúde mental da América Latina e integrante do Grupo Conexa, em parceria com a Eurofarma.
Entre junho de 2020 e junho de 2021, foram avaliados mais de 84 mil registros distintos de pacientes, associados a aproximadamente 925 mil agendamentos de teleconsultas psicológicas.
Além da ansiedade, que lidera as buscas dos pacientes na plataforma com 20,1% de procura, depressão (6,5%), desenvolvimento pessoal (4,93%), psicologia clínica (3,27%) e saúde mental (2,59%) entram no ranking dos 5 temas mais buscados entre todas as faixas etárias.
Para Fabiano Carrijo, CEO Brasil da Psicologia Viva, esta pesquisa ajuda a entender os principais desafios de cada fase da vida, desde a infância até a terceira idade, e se torna um ponto de partida para que os psicólogos também possam dar uma orientação com ainda mais qualidade e direcionamento aos seus pacientes.
De acordo com o relatório, as mulheres agendaram mais consultas na plataforma durante o período analisado. Entre os que optaram em informar o gênero (62,5%), 73,8% dos pacientes são do sexo feminino e 26,2% são do sexo masculino. Esses números refletem uma informação de conhecimento popular, de que a mulher, historicamente, busca se cuidar mais. “Ao notar que algo não está bem, seja relacionado à sua saúde física ou mesmo emocional, elas já procuram ajuda, ao contrário dos homens, que acabam relutando mais em buscar um apoio profissional”, comenta Luciene Bandeira, psicóloga e cofundadora da Psicologia Viva.
Os jovens adultos são os que mais procuram por assistência psicológica on-line. Os da faixa etária entre 21 e 40 anos representam cerca de 40% dos agendamentos de teleconsultas no período, entre os que reportaram a idade. Sobre os temas mais buscados na plataforma por essa faixa de idade, a ansiedade ocupa o primeiro lugar, com 21,3% das pesquisas.
Tanto homens quanto mulheres de 15 a 30 anos têm como segundo principal tema de busca o desenvolvimento pessoal, com 6,2% das buscas. Já dos 31 aos 45 anos, o segundo lugar é ocupado pelo tema depressão (6,0%).
“Uma possível explicação para o desenvolvimento pessoal ser foco das buscas dos jovens talvez seja o ingresso no mercado de trabalho e as questões psicológicas que isso envolve.
Já dos 31 ao 45, é preocupante avaliar que a depressão ocupa este lugar, o que pode sugerir uma relação com a Síndrome de Burnout (relacionada ao estresse gerado pelo trabalho excessivo), problemas financeiros ou de relacionamento”, explica Luciene.
Pais de crianças e adolescentes também se mostram preocupados com a saúde mental de seus filhos, buscando aconselhamento para esse público. Os meninos de 0 a 16 anos agendaram mais atendimentos psicológicos, equivalendo a 5,5% do total de agendamentos por pessoas do sexo masculino no período, em comparação com as meninas na mesma faixa etária (2,7% dos agendamentos por pessoas do sexo feminino). “A literatura especializada sugere algumas possíveis explicações para o caso. A prevalência de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) em meninos é de 14%, por exemplo, contra apenas 6,3% nas meninas. O autismo também é mais prevalente nos garotos, cerca de 4,3 vezes mais”, conta a psicóloga.
É importante destacar que pessoas acima dos 80 anos, que geralmente não têm familiaridade com as novas tecnologias, representam 0,35% do total, aproximadamente dois mil agendamentos de consultas psicológicas on-line, o que não deixa de ser um número expressivo. Entre os temas mais buscados por homens e mulheres acima dos 60 anos está “acompanhamento psicológico de idosos” (22% mulheres e 18% homens), seguido de ansiedade e depressão. “É interessante notar que este público está em busca de ajuda através da tecnologia, pois é uma fase da vida em que muitos já perderam membros importantes da família, sentem os impactos da idade, ou podem se sentir sozinhos”, conclui Luciene.
Para visualizar o relatório completo, acesse: https://conteudo.psicologiaviva.com.br/report-pviva-eurofarma
Notas:
Dos mais de 84 mil pacientes que agendaram consultas, aproximadamente 32 mil, 37,5%, optaram por não informar o gênero.
Dos 925 mil agendamentos, mais de 360 mil agendamentos não apresentavam a idade do paciente.
Dos mais de 920 mil agendamentos efetuados na plataforma, em mais de 700 mil casos o estado civil não foi informado, ou seja, 77% do total de agendamentos.
Quase 50 mil pacientes responderam o estado de origem, dos mais de 80 mil com pelo menos um agendamento. Apenas 3 estados representam aproximadamente 79,5%. Estados com maior número de agendamentos tendem a ter um público mais velho, enquanto os estados com menos agendamento tendem a ter um público em média mais jovem.
Assim como o tema buscado pelos pacientes é de grande relevância, os temas de uma consulta reportados pelos psicólogos são importantes para entender o comportamento dos pacientes. Porém, das mais de 920 mil consultas, em quase 825 mil agendamentos o psicólogo não reportou o tema.
Sobre a Psicologia Viva
A Psicologia Viva nasceu em 2015 e em 2021 se uniu ao Grupo Conexa, potencializando o propósito de democratização do atendimento médico online orientado à saúde mental. Atualmente, oferece cobertura a mais de 14 milhões de vida, conta com mais de 400 clientes B2B e realiza cerca de 100 mil consultas por mês.
O Grupo Conexa, considerado um dos maiores players de saúde digital, cuida de cerca de 20 milhões de pacientes e conta com 70 mil profissionais de saúde em mais de 30 especialidades. A organização é composta por quatro empresas, sendo elas a Conexa Saúde, a iMedicina, a Psicologia Viva e a Psyalive (PViva LATAM), as quais, juntas, ofertam serviços de atendimento médico online, prontuário eletrônico e soluções para a saúde mental no Brasil e em outros países da América Latina.
Parte da Saúde Digital Brasil (SDB), entidade sem fins lucrativos e que visa ampliar o acesso de pacientes aos médicos por meio do uso da tecnologia, o Grupo tem como clientes pessoas físicas, hospitais, operadoras de saúde, laboratórios, além de grandes instituições do varejo e do setor financeiro, como Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Magazine Luiza, Seguros Unimed, Intermédica, entre outras.
Fundada no Rio de Janeiro, em 2016, a Conexa Saúde já tinha em seu DNA o objetivo de prover serviços de atenção primária à saúde. Em 2017, a empresa reformulou seu modelo de negócio e se tornou uma plataforma de telemedicina, com a missão de revolucionar o acesso à saúde de qualidade, tornando a jornada e a experiência do paciente mais fácil, segura e humanizada. Formato mantido até então e que proporcionou o atendimento de inúmeras pessoas em momentos críticos, como a pandemia de Covid-19.
Saiba mais em https://www.conexasaude.com.br/