A tragédia provocada pelas chuvas da última semana em Petrópolis, na região serrana do Estado do Rio, com 182 mortos até o momento, é a maior da história da cidade. Segundo a prefeitura, a maior catástrofe anterior causada por temporais foi em 1988, com 171 mortes.
No ano passado, apenas uma morte foi contabilizada em decorrência das chuvas. Os dados têm como fontes o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais e a Secretaria de Defesa Civil do município.
Segundo a prefeitura de Petrópolis, 114 corpos tinham sido sepultados até a noite de ontem (20). O trabalho de identificação e liberação de cadáveres continua sendo feito pelo Instituto Médico Legal (IML). Também estão sendo procurados mais de 100 pessoas.
O temporal mais forte caiu no dia 15 de fevereiro, mas desde então a chuva voltou a atingir a cidade em diversas ocasiões. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para hoje (21) é de pancadas de chuva ao longo do dia.
A Secretaria de Defesa Civil fez um alerta de previsão de chuva moderada a forte para os períodos da tarde e noite desta segunda-feira e enviou aviso de SMS para a população cadastrada no serviço.
Hoje é o sétimo dia em que o município se mantém no Estágio Operacional de Crise, por causa dos acumulados pluviométricos desde a última terça-feira (15). “A situação também leva em consideração o elevado número de ocorrências, mais de 1,2 mil até o momento, em função das chuvas registradas na cidade”, informou a Defesa Civil.
De acordo com o órgão, as condições do tempo que favorecem pancadas de chuva levam à equipe de monitoramento emitir novos alertas a qualquer momento. “A Defesa Civil orienta que a população fique atenta aos novos avisos, que podem ser emitidos a qualquer momento. O órgão solicita que os moradores das áreas de risco fiquem atentas às recomendações de mobilização e necessidade de deslocamento, em situação de risco”, recomendou, acrescentando que em caso de emergência, devem usar os telefones 199 da Defesa Civil e 193 do Corpo de Bombeiros.