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Alemanha tem situação "dramática" com queda na proteção de vacinas

A chanceler Angela Merkel pede doses de reforço

Foto: Pixabay | Creative Commons
A Alemanha tem 67,08% de sua população totalmente vacinada contra a Covid

A situação da covid-19 na Alemanha é dramática, com recordes seguidos de casos e crescimento nas mortes. disse nesta quarta-feira (17 de novembro) a chanceler Angela Merkel, pedindo um esforço para distribuir doses de reforço mais rapidamente e apelando aos que não acreditam na vacinação para que mudem de ideia.

De acordo com o monitoramento da Universidade Johns Hopkins, a Alemanha registrou 53,6 mil contágios apenas na última terça (16), maior cifra diária desde o início da crise sanitária.

Merkel acrescentou que o número de mortes também é "assustador". Foram 1.157 entre 8 e 14 de novembro, número semanal mais alto desde o fim de maio.

Já de acordo com o portal Our World in Data, a Alemanha tem 67,08% de sua população totalmente vacinada contra a Covid-19, cifra inferior à de outros países da União Europeia, como França (68,74%), Itália (72,69%), Espanha (80,18%) e Portugal (87,56%).

"Não é tarde demais para optar por uma primeira vacina", disse Merkel a um congresso de prefeitos de cidades alemãs. "Todos que são vacinados se protegem e protegem os outros. E se um número suficiente de pessoas for vacinado, essa é a saída para a pandemia", acrescentou.

Para Angela Merkel, é preciso um "esforço nacional" para conseguir uma distribuição em massa de doses de reforço de vacinas contra a covid-19, uma vez que a proteção oferecida pelos imunizantes começa a diminuir seis meses após a aplicação da segunda dose.

Na Itália

A Itália registrou nessa terça-feira (16) mais 7.698 casos e 74 mortes na pandemia de Covid-19, de acordo com boletim do Ministério da Saúde.

Com isso, o total de contágios já diagnosticados no país subiu para 4.873.075, enquanto o de mortes chegou a 132.893.

O número de mortes desta terça é o maior para um único dia na Itália desde 31 de agosto, quando houve 75 vítimas.

A média móvel de casos em sete dias aumentou pela 14ª vez seguida e atingiu 7.704, alta de 81% na comparação com duas semanas atrás, enquanto a de mortes se manteve estável em 57, cifra 56% maior do que há 14 dias.

A Itália também soma pouco mais de 4,6 milhões de curados e 123.396 casos ativos, maior valor desde 13 de setembro (125.904).

Até o momento, pouco mais de 84% do público-alvo (pessoas a partir de 12 anos) já está totalmente vacinado contra a Covid, porém mais de 7 milhões de indivíduos aptos a se imunizar não tomaram sequer a primeira dose, o que deixa espaço para os casos continuarem subindo.

A alta nos contágios e mortes já faz as autoridades italianas discutirem a reintrodução de restrições, porém existe um crescente movimento para que eventuais medidas de contenção mirem apenas não vacinados, seguindo o modelo adotado na Áustria.

"Se houver novas restrições, elas não podem ser pagas por aqueles que se vacinaram, porque isso seria uma profunda injustiça. Quem se vacinou deu prova de confiança nas instituições, e acredito que essa confiança deva ser recompensada", afirmou o governador do Piemonte, Alberto Cirio, de centro-direita.

"Minha ideia é que as restrições não valham para os vacinados. Quem se protegeu, participou da campanha vacinal, limitou as internações e protegeu o sistema público de saúde não pode pagar um preço pelo qual não tem culpa nenhuma", concordou o governador de Friuli Veneza Giulia, Massimiliano Fedriga, de extrema direita.

Atualmente, o governo da Itália já exige certificado de vacinação, cura ou testagem contra Covid em praticamente todas as atividades, incluindo locais de trabalho.