A Alemanha bateu o recorde em sua taxa de incidência de Covid-19 na última semana, informou o Instituto Robert Koch, que monitora a pandemia, nesta segunda-feira (8).
Nos últimos sete dias, o índice ficou em 201,1 infecções a cada 100 mil pessoas superando o maior dado que havia sido registrado, de 197,6, entre os dias 15 e 22 de dezembro de 2020.
O governo atrela essa disparada nas contaminações por conta da estagnação da campanha de vacinação contra a doença. Apesar de ter iniciado a imunizar em 26 de dezembro, um dia antes das demais nações da União Europeia, o país ainda não conseguiu chegar aos 70% de pessoas com, ao menos, uma dose.
Segundo dados do portal Our World in Data, 66,52% dos alemães já estão completamente vacinados e outros 2,55% tomaram a primeira dose. Com isso, são 69,07% se protegendo. Para o governo, os números e a situação atual refletem o que vem sendo chamado de "pandemia de não vacinados".
"A chanceler Angela Merkel está muito preocupada com o desenvolvimento da Covid-19 nas últimas semanas e, há tempo, vem pedindo para que todos façam o que é necessário", disse o porta-voz da Chancelaria, Steffen Seibert, em sua coletiva diária com a imprensa nesta segunda-feira.
Seibert destacou que o aumento também de pacientes em unidades de terapia intensiva mostra que está "absolutamente claro que há uma ligação: os dados mais altos de incidência e de internações se registram nas regiões em que há a menor cota de vacinação".
O porta-voz destacou que, em algumas delas, o índice de internações está acima de 5 a cada 100 mil habitantes e as piores situações estão na Saxônia (acima de 8 a cada 100 mil) e na Turíngia (de 13,9 a cada 100 mil).
Uma das áreas citadas por Seibert, a Saxônia, anunciou um "regime reforçado" de medidas contra o coronavírus Sars-CoV-2 para tentar frear o avanço da doença.
Só poderão ter acesso a bares, restaurantes e eventos culturais quem apresentar o passaporte de vacinação ou de cura da Covid-19. Os não vacinados não podem entrar sem a apresentação de um teste negativo recente para a doença - feito há menos de 48 horas.
Se o país bateu o recorde com pouco mais de 200 casos a cada 100 mil habitantes, a Saxônia tem 491,3 a cada 100 mil, o mais alto do país. A Turíngia tem 427,5 a cada 100 mil e a Baviera 316,2 a cada 100 mil.
O governo afirmou, na última semana, que estuda endurecer as regras anti-Covid para os não vacinados. Além disso, após muita resistência, todos os estados alemães concordaram com o pedido de Berlim de aplicar a terceira dose de vacinas para todos os cidadãos.
Itália
A Itália registrou neste domingo (7 de novembro) mais 5.822 casos e 26 mortes na pandemia de Covid-19, de acordo com boletim do Ministério da Saúde. Com isso, o total de contágios já diagnosticados no país subiu para 4.808.047, enquanto o de óbitos chegou a 132.391.
Os números representam um aumento na quantidade de infecções e vítimas em relação aos dados registrados no mesmo dia da semana passada, quando foram 4.526 casos e 26 mortes.
A Itália também soma quase 4,6 milhões de curados e 96.987 casos ativos, indicador que está crescendo diariamente nas últimas semanas devido ao aumento da curva epidemiológica.
Até o momento, pouco mais de 83% do público-alvo (pessoas a partir de 12 anos) já está totalmente vacinado contra a Covid.