Assim como os humanos, os animais de estimação também podem ter doenças no coração e alguns cuidados são necessários. A campanha Setembro Vermelho foi criada em 2014 para celebrar o Dia Mundial do Coração, em 29 de setembro, e conscientizar sobre a prevenção de doenças cardiovasculares.
De acordo com a médica veterinária especialista em cardiologia para pequenos animais da Mundo Pet, Carla Patrícia, as doenças cardíacas em cães e gatos podem ser congênitas ou adquiridas e podem manifestar-se em todas as idades e raças, sendo as doenças congênitas com manifestação geralmente em animais mais jovens e as adquiridas, em animais a partir de 7 anos, em média.
A médica veterinária alerta que, nos animais jovens, as doenças mais comuns são aquelas relacionadas a defeitos congênitos, ou seja, podem se manifestar nas primeiras semanas de vida, e geralmente estão atribuídas a uma herança genética ou congênita. “Estenoses de válvula, displasia das válvulas tricúspide e mitral, intercomunicações entre os ventrículos e/ou os átrios, além de doenças conhecidas, inclusive na medicina humana, como Tetralogia de Fallot e o PDA (Persistência do Ducto Arterioso)”, dentre outras.
Os animais mais velhos, adultos, geralmente, apresentam problemas relacionados às válvulas, como endocardiose, semelhante a uma fibrose. “Nos cães, 90% da endocardiose de mitral é do lado esquerdo e os sintomas mais comuns são tosse, fraqueza e dificuldade respiratória, desmaio”, informa a veterinária Carla Patrícia.
Os pets de grande porte desenvolvem com frequência a cardiomiopatia dilatada. Segundo a profissional, se não tratada, a doença pode se agravar, levando o animal a quadros de arritmia, edema pulmonar, hipertensão pulmonar, desmaios e óbito.
A doença cardiovascular mais comum em gatinhos é a cardiomiopatia hipertrófica (CMH), que tem como característica a hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo.
Outra doença que é preciso ter muito cuidado é a dirofilariose, mais conhecida como verme do coração. “A doença é causada por um verme, transmitida por um mosquito. O verme se aloja na artéria pulmonar, provocando sérios prejuízos para o lado direito do coração, além de alterações hemodinâmicas”, explica a médica veterinária.
A especialista em cardiologia, Carla Patrícia, orienta que, para diminuir o aparecimento de doenças congênitas ou hereditárias, deve-se evitar os cruzamentos entre animais da mesma família.
Em relação às doenças cujo aparecimento é mais tardio, a melhor forma de identificá-las ou preveni-las, é sempre manter a regularidade das idas ao consultório para check ups, principalmente, a partir de 6 ou 7 anos.
O diagnóstico de doenças cardíacas pode ser identificado em exames clínicos de rotina feitos por um especialista, como ecocardiograma, eletrocardiograma e aferição da pressão arterial.
Além das idas periódicas ao veterinário, a médica veterinária orienta que, é necessário que o pet tenha uma alimentação balanceada e se possível, não se torne um animal sedentário. A Mundo Pet possui clínica veterinária em todas as sedes, com médicos veterinários disponíveis para tirar dúvidas e fazer o check up no cãozinho ou gatinho.