Palco
Jovens da Cia La Bagaça estreiam profissionalmente peça Encruzilhada
No dia 13 de agosto
Foto: Divulgação
A montagem reúne influências do Hamlet de Shakespeare
<p>A&nbsp;Cia La Baga&ccedil;a&nbsp;estreia&nbsp;Encruzilhada, seu primeiro trabalho profissional, que fica em temporada virtual na plataforma do Youtube da Casa Preta Espa&ccedil;o de Cultura.&nbsp;A estreia est&aacute; marcada para 13 de agosto, &agrave;s 19h, mesmo hor&aacute;rio das apresenta&ccedil;&otilde;es dos dias 14 e 15 de agosto. O espet&aacute;culo segue em cartaz at&eacute; 18 de agosto, com apresenta&ccedil;&otilde;es &agrave;s 16h e 19h, seguidas de bate-papos com elenco e ficha t&eacute;cnica da montagem (programa&ccedil;&atilde;o abaixo).&nbsp;Constru&iacute;do coletivamente pelo grupo formado por jovens entre 18 e 24 anos e artistas convidados, a montagem re&uacute;ne influ&ecirc;ncias do Hamlet de Shakespeare, da m&uacute;sica das quebradas e at&eacute; do universo cinematogr&aacute;fico da Marvel.</p>
<p>Encruzilhada evoca o teatro como linguagem fundamental, se aproxima do cinema e absorve express&otilde;es da tecnologia na constru&ccedil;&atilde;o de uma trama que joga com uma experi&ecirc;ncia n&atilde;o-linear do tempo. Na pe&ccedil;a, tr&ecirc;s personagens femininas (Lana, Loni e Olah) expressam a conex&atilde;o entre presente, passado e divino para observar e contar a hist&oacute;ria do jovem Bruno, que ao festejar seu anivers&aacute;rio de 18 anos com seus amigos e amigas, descobre tr&aacute;gicos segredos que envolvem a hist&oacute;ria da sua fam&iacute;lia.</p>
<p>A pe&ccedil;a se passa na casa da fam&iacute;lia do protagonista Bruno, mas h&aacute; tamb&eacute;m cenas numa cela de pris&atilde;o e numa esp&eacute;cie de &ldquo;n&atilde;o-lugar&rdquo;, a partir do qual atuam as divindades femininas do tempo. No processo criativo, ao longo das leituras do texto e dos ensaios, majoritariamente ocorridos virtualmente, o conceito dos espa&ccedil;os c&ecirc;nicos se invertem: o ambiente do divino torna-se mais palp&aacute;vel, enquanto a casa simplesmente some enquanto imagem concreta, dando &agrave; interpreta&ccedil;&atilde;o dos atores o protagonismo c&ecirc;nico. J&aacute; as cenas na pris&atilde;o flertam com o realismo: uma &ldquo;cela-andaime&rdquo; mostra&nbsp; &Iacute;caro e Gl&oacute;ria - enclausuradas nelas mesmas.</p>
<p>O espet&aacute;culo &eacute; tamb&eacute;m um convite &agrave; discuss&atilde;o de temas socialmente relevantes, bem como &agrave; desnaturaliza&ccedil;&atilde;o de como se idealiza e se enxerga o feminino. Dentre as divindades femininas est&aacute; uma travesti, que &eacute; apresentada na pe&ccedil;a como uma das mais antigas express&otilde;es do feminino. Ao mesmo tempo em que essa tr&iacute;ade divina faz refer&ecirc;ncia &agrave;s Deusas Moiras do destino na mitologia grega, elas tamb&eacute;m aludem a Exu, divindade eminentemente masculina na mitologia iorub&aacute;. S&atilde;o essas divindades que acompanham o desvendar da hist&oacute;ria familiar de Bruno e interferem no passado e no presente para que o rapaz, ao descobrir a verdade que circunda sua fam&iacute;lia, possa inaugurar um novo ciclo de prosperidade e felicidade.</p>
<p>A Cia La Baga&ccedil;a desenvolveu um espet&aacute;culo fict&iacute;cio que, em diversos momentos, revela influ&ecirc;ncia das trag&eacute;dias gregas e shakespearianas, bem como dos folhetins televisivos e da linguagem soteropolitana, o que permite uma maior identifica&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico com a trama. Os integrantes da La Baga&ccedil;a est&atilde;o contentes em apresentar Encruzilhada para o grande p&uacute;blico, com especial aten&ccedil;&atilde;o a moradores e moradoras dos bairros que residem, como Mata Escura, Brotas, Mussurunga, Uruguai, S&atilde;o Caetano, Pero Vaz, Alto de Coutos, Calabar e Castelo Branco.</p>
<p>Diante da pandemia do covid-19 e da inevit&aacute;vel necessidade de reinven&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m no teatro, o espet&aacute;culo far&aacute; apresenta&ccedil;&otilde;es online seguidas de bate-papo com o elenco/equipe de Encruzilhada sobre a obra e temas correlatos, em que convida moradores de seus bairros de origem. &ldquo;&Agrave; nossa maneira, estamos dizendo que &eacute; poss&iacute;vel fazer diferente, &eacute; poss&iacute;vel escolher fazer diferente na vida e no palco. Desejamos provocar a fala da audi&ecirc;ncia, sobretudo se forem jovens como n&oacute;s, provocar um debate saud&aacute;vel que esperamos que possa lev&aacute;-los a pensar sobre sua forma de se colocar na sociedade &rdquo;, afirma Igor Bispo, integrante da Cia La Baga&ccedil;a e co-autor do espet&aacute;culo.</p>
<p>Cia La Baga&ccedil;a</p>
<p>A companhia &eacute; uma reverbera&ccedil;&atilde;o do curso &ldquo;Aprendiz em Cena&rdquo; - projeto de forma&ccedil;&atilde;o em artes c&ecirc;nicas, realizado no Mercado Ia&ocirc; e na Casa Preta Espa&ccedil;o de Cultura, entre maio de 2019 e fevereiro de 2020 -, em que tiveram aulas de cenografia, figurino, ilumina&ccedil;&atilde;o, canto, hist&oacute;ria do teatro, interpreta&ccedil;&atilde;o e etc. A Cia La Baga&ccedil;a, formada por jovens entre 18 e 24 anos, carrega em seu nome a identidade baiana e expressa a ess&ecirc;ncia da juventude que pensa a arte como campo de mudan&ccedil;a, pensando as artes c&ecirc;nicas como um espa&ccedil;o de crescimento humano, pessoal e profissional.</p>
<p>Motivados a fazer da arte um caminho para a pr&aacute;tica da conscientiza&ccedil;&atilde;o, La Baga&ccedil;a idealiza o projeto de montagem da pe&ccedil;a Encruzilhada e convida alguns dos seus formadores para acompanhar e dar suporte a este trabalho que abre os caminhos do grupo no palco - como Gustavo Melo, Fernanda Paquelet, Manuela Rodrigues e Gordo Neto.</p>
<p>Para Gordo Neto, co-diretor do espet&aacute;culo e coordenador geral no curso de forma&ccedil;&atilde;o dos jovens, a forma&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica e a pe&ccedil;a alertam para a capacidade que cada um deve encontrar dentro de si para alterar a trajet&oacute;ria de sua vida. Citando Bertolt Brecht: &quot;Nada &eacute; imposs&iacute;vel de mudar (...) suplicamos expressamente: n&atilde;o aceiteis o que &eacute; de h&aacute;bito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confus&atilde;o organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer imposs&iacute;vel de mudar&rdquo;, afirmou Gordo.</p>
<p>O projeto &eacute; financiado&nbsp; pelo Estado da Bahia atrav&eacute;s da Secretaria de Cultura (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Minist&eacute;rio do Turismo, Governo Federal.</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong>Programa&ccedil;&atilde;o de Exibi&ccedil;&atilde;o e Bate-papo</strong></p>
<p>13 de agosto &ndash; sexta feira &ndash; ESTREIA GERAL 19:00h</p>
<p>Bate-papo &ndash; P&uacute;blico convidado &ndash; amigos e familiares</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>14 de Agosto &ndash; S&aacute;bado &ndash; 19h</p>
<p>Felipe, Val&eacute;ria e Jo&atilde;o Deusa &ndash; Cidade Baixa</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>15 de Agosto &ndash; Domingo &ndash; 19h</p>
<p>Jo&atilde;o Vitor, Deyse e Marcus &ndash; Engenho Velho De Brotas</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>16 de Agosto &ndash; Segunda-feira &ndash; 16h</p>
<p>Vitinho e Franciellen &ndash; Castelo Branco e &Aacute;guas Claras</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>16 de Agosto &ndash; Segunda-feira &ndash; 19h</p>
<p>Diana e Igor &ndash; S&atilde;o Caetano e Mussurunga</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>17 de Agosto &ndash; Ter&ccedil;a-feira &ndash; 16h</p>
<p>Claudio e Pablo &ndash; Boiadeiro e Alto de Coutos&nbsp;</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>17 de Agosto &ndash; Ter&ccedil;a-feira &ndash; 19h</p>
<p>Alan, Pedro e Nicoly &ndash; Mata Escura&nbsp;</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>18 de Agosto &ndash; Quarta-feira &ndash; 16h</p>
<p>Igor e Luan &ndash; Pero Vaz</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>18 de Agosto &ndash; Quarta-feira &ndash; 19h</p>
<p>Vitinho e Rebeka - Amaralina</p>
<p>&nbsp;</p>
<p>Ficha T&eacute;cnica - ENCRUZILHADA</p>
<p>Dire&ccedil;&atilde;o Gordo Neto e Gustavo Melo</p>
<p>Coordena&ccedil;&atilde;o de Produ&ccedil;&atilde;o Fernanda Paquelet</p>
<p>Equipe de Produ&ccedil;&atilde;o Cl&aacute;udio Rocha, Igor Bispo, Rebeca souza, Vitinho Silva e Pablu Carvalho</p>
<p>Dramaturgia Cl&aacute;udio Reis, Igor Bispo, Pablu Carvalho e Gustavo Melo</p>
<p>Catering Fernanda Paquelet, Mariana Laly e Maria Paquelet</p>
<p>Concep&ccedil;&atilde;o e Composi&ccedil;&atilde;o de Figurino Rino Carvalho</p>
<p>Costureira Ang&eacute;lica Paix&atilde;o</p>
<p>Adere&ccedil;os Cia La Baga&ccedil;a</p>
<p>Maquiagem Pablu Carvalho e Fl&aacute;via Peixinho</p>
<p>Dire&ccedil;&atilde;o de Arte, Cenografia, Som Direto, El&eacute;trica e Ilumina&ccedil;&atilde;o Fred Alvin</p>
<p>Cinegrafista, Dire&ccedil;&atilde;o de Fotografia, Dire&ccedil;&atilde;o de Set, Foquista, Dire&ccedil;&atilde;o de Arte, Som Direto, Montagem, Edi&ccedil;&atilde;o e Finaliza&ccedil;&atilde;o Mois&eacute;s Vict&oacute;rio</p>
<p>Still Alan Garfo</p>
<p>Dire&ccedil;&atilde;o e Produ&ccedil;&atilde;o Musical Ricardo Caian</p>
<p>Prepara&ccedil;&atilde;o Vocal Manuela Rodrigues</p>
<p>Instrumentistas Ricardo&nbsp; Caian, Igor Bispo, Marcos Vinicius, Pedro Paulo</p>
<p>Voz Igor Bispo e Diana Zurk</p>
<p>Logistica Cazumba Transporte</p>
<p>Motoristas Anderson Cazumba Gomes e F&aacute;bio</p>
<p>&nbsp;</p>