Bahia / Nordeste

Vendas do varejo baiano crescem pelo segundo mês seguido em 2021

Crescimento ficou acima do resultado nacional

As vendas do varejo na Bahia estão 4,3% acima do patamar verificado na pré-pandemia

As vendas do varejo na Bahia seguiram em alta, em maio, ficando 2,9% maiores do que em abril, na série livre de influências sazonais. Foi o segundo avanço consecutivo nessa comparação - as vendas haviam crescido 11,4% de março para abril, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE.

O resultado do comércio varejista baiano entre abril e maio (2,9%) ficou acima do verificado no Brasil como um todo (1,4%), mas foi apenas o 15º entre as 27 unidades da Federação. Nesse confronto, só Goiás apresentou variação negativa das vendas (-0,3%), enquanto Amapá (23,3%), Ceará (9,4%) e Minas Gerais (9,2%) tiveram os maiores crescimentos. 

Com o desempenho de abril para maio, o volume de vendas do comércio varejista na Bahia já está 4,3% acima do patamar verificado no pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

O desempenho do varejo baiano também foi bastante positivo na comparação de maio/21 com maio/20, com avanço de 29,4%. 

Foi o segundo maior crescimento para o estado, nessa comparação, em toda a série histórica da PMC, iniciada em 2001 para o indicador interanual. O resultado veio, porém, em cima de uma intensa queda verificada em maio de 2020, frente a 2019 (-20,8%, o segundo recuo mais profundo desde o início da pesquisa).

7 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui as vendas de automóveis e material de construção) tiveram aumentos nas vendas, frente ao mesmo mês de 2020.

A taxa mais positiva veio mais uma vez do segmento de tecidos, vestuário e calçados (410,3%), que teve novo avanço recorde, superando com folga a queda que havia sido registrada em maio de 2020, frente a 2019 (-81,0%). 

Com o forte avanço, a atividade já mostra crescimento nas vendas no acumulado entre janeiro e maio deste ano (20,2%), frente ao mesmo período do ano passado, embora siga em queda no acumulado em 12 meses (-12,0%).

Com a segunda maior alta, as vendas de outros artigos de uso pessoal (97,2%) tiveram a segunda principal contribuição para o bom resultado geral do varejo baiano em maio. A atividade, que concentra as vendas dos grandes varejistas on-line, apresentou seu terceiro resultado positivo consecutivo.

Assim como havia ocorrido em abril, o único resultado negativo do varejo baiano em maio 21/maio 20 veio dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9,2%). 

Segmento de maior peso na estrutura do comércio na Bahia, ele mostrou o sétimo resultado negativo consecutivo (recua desde novembro de 2020) e já acumula perda de -9,3% no ano, segundo pior resultado entre as atividades, à frente apenas de livros, jornais, revistas e papelaria (-35,4%).

Também foi o segundo avanço consecutivo nas vendas do varejo baiano, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desde outubro de 2020, bem maior que o do país como um todo (16,0%) e o sétimo entre os estados. 

Frente a maio de 2020, só Tocantins teve queda nas vendas do varejo (-2,7%); os melhores resultados ficaram com Amapá (92,0%), Piauí (44,6%) e Pará (43,4%).

Com o desempenho do mês, o varejo baiano acumula alta de 9,5% nas vendas, entre janeiro e maio de 2021, frente ao mesmo período do ano anterior. O resultado no estado está acima do nacional (6,8%).

O desempenho do setor na Bahia também passou a ser positivo no acumulado nos 12 meses encerrados em maio (frente aos 12 meses anteriores), com alta de 3,5%. É o primeiro crescimento das vendas nessa comparação desde março de 2020, quando se iniciou a pandemia. O Brasil como um todo mostra avanço de 5,4% nas vendas do varejo, nos 12 meses encerrados em maio.

O volume de vendas do comércio varejista ampliado baiano seguiu em crescimento (4,3%) frente ao mês anterior, na série livre de influências sazonais. Foi o segundo resultado positivo consecutivo para o indicador no estado e acima do nacional (3,8%). 

Frente ao mesmo mês do ano anterior, as vendas do varejo ampliado na Bahia também cresceram em maio (44,0%). Foi um resultado melhor que o do Brasil como um todo (26,2%) e o terceiro aumento consecutivo para o estado.

Foi ainda o segundo maior avanço das vendas do varejo ampliado desde o início da série histórica da PMC para esse indicador, em 2015, inferior apenas ao apresentado em abril (52,5%). Entretanto, esse crescimento se deu em cima da segunda maior queda na série histórica (-27,4%), registrada em maio de 2020, frente ao mesmo mês de 2019.

O varejo ampliado engloba, além do varejo restrito, as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado.

No confronto com maio de 2020, as vendas de veículos na Bahia apresentaram o quarto crescimento consecutivo (142,1%). O estado teve o segundo maior aumento do país no mês entre as 12 unidades da Federação onde o indicador é pesquisado, abaixo apenas de Pernambuco (161,8%)

Este foi também o segundo maior crescimento da venda de veículos da série histórica, iniciada em 2001, inferior apenas ao registrado em abril (146,2%). Porém, o aumento se deu em cima da segunda maior queda da série histórica para a Bahia (-53,6% em maio20/maio19).

As vendas de material de construção também se mantiveram em alta no estado (3,5%), em maio, mostrando o terceiro resultado positivo consecutivo, porém apresentando o menor crescimento do país.

No acumulado no ano de 2021, o varejo ampliado da Bahia seguiu em alta (15,5%), com um resultado superior ao do Brasil como um todo (12,4%).

Nos 12 meses encerrados em maio, as vendas do varejo ampliado no estado passaram a apresentar avanço (3,4%) pela primeira vez desde março de 2020, porém em um patamar inferior ao nacional (6,8%) e com o terceiro pior resultado entre os estados.

No País

Na passagem de abril para maio, o comércio varejista cresceu em 26 das 27 unidades da federação. Entre os destaques estão Amapá (23,3%), Ceará (9,4%) e Minas Gerais (9,2%). Já Goiás (-0,3%) foi a única a ter retração no volume de vendas do varejo.

No comércio varejista ampliado, também houve predomínio de resultados positivos. Entre as 24 unidades da federação que tiveram aumento no volume de vendas, destacaram-se Amapá (21,6%), Minas Gerais (8,6%) e Distrito Federal (6,9%). Os três estados que tiveram variação negativa foram Sergipe (-4,9%), Ceará (-1,0%) e Tocantins (-0,3%).

Na comparação com maio do ano passado, o varejo registrou resultados positivos em 26 Unidades da Federação. Os destaques, em termos de variação, foram Amapá (92,0%), Piauí (44,6%) e Pará (43,4%). São Paulo (19,0%), Rio de Janeiro (17,4%) e Minas Gerais (11,3%) foram os estados com maior participação na composição da taxa do varejo.

Na mesma comparação, no comércio varejista ampliado, houve aumento em 27 Unidades da Federação, sendo as maiores variações registradas por Amapá (105,3%), Piauí (62,4%) e Pará (57,5%).