Cassiano Antico

Um filme que me mostrou o quanto eu preciso aprender

Cena do filme Wonder
Cena do filme "Extraordinário"

 
Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil
-- No filme Extraordinário

Extraordinário (Wonder) é aquele filme de amor que chega para nos ensinar a lição que julgar alguém pela aparência é o pior caminho; que gentileza ainda existe; que respeito e carinho sobreviveram ao pior naufrágio; que ofender afasta até os que nos amaram algum dia. 

Extraordinário talvez faça muitos ficarem com vontade de chorar durante o filme e talvez amoleça alguns corações embrutecidos.

Adaptado da obra de R.J Palacio e dirigido por Stephen Chbosky, a história é sobre August (Auggie) Pulman (Jacob Tremblay), um menino que nasceu com uma deformidade facial, fazendo o garoto passar por várias cirurgias e complicações médicas desde o nascimento.

Depois de alguns anos e estudando dentro de casa sob os ensinamentos da mãe, chegou a hora de Auggie encarar o mundo e o seu primeiro e grande desafio é ir à escola.

Minhas filhas de 7 e 5 anos me convidaram para assistir a esse belo filme - com direito a pipoca, curiosos comentários, perfumes muito peculiares: o perfume do carinho e da alegria no volume alto, na sala de casa.

Extraordinário não é só sobre um menino vítima das circunstâncias da vida. Com uma estrutura que mistura sentimentos de dor, felicidade, diversão e tristeza, a história nos envolve pelo fato de ser verídica, de mostrar que é possível enfrentar os nossos problemas. Os piores problemas. Que existe força dentro de nós.

E se o livro nos ensina tudo isso e um pouco mais, o filme também se alinha e retrata fielmente a obra de Palacio.

Minhas filhas não acharam o protagonista deformado ou feio. Para elas, o garoto era lindo, inteligente e extremamente bom. Um herói! Me perguntavam insistentemente o motivo de algumas crianças o maltratarem gratuitamente. Fazendo o mal a alguém que só queria fazer parte. Por que os humanos fazem isso?

Além disso, a narrativa tem o objetivo de mostrar as tais batalhas que cada um enfrenta e, ao mesmo tempo, como todos nós estamos conectados. E que não devemos excluir ninguém. E nem nos excluir. 

Um filme repleto de bons sentimentos; uma história de um garotinho com uma deformidade facial, e que dá lições num marmanjo como eu sobre aceitação, gentileza e respeito. Eu preciso aprender. E como preciso!

Mais do que extraordinário, o longa é uma injeção de esperança ao ensinar as pessoas a terem compaixão e serem melhores a cada dia. A aceitar as diferenças. A apreciar as diferenças. Afinal, somos seres únicos neste universo sem fim e nem começo.