O sambista Nelson Sargento, de 96 anos, morreu de Covid-19 às 10h45 desta quinta-feira (27 de maio. Presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira e autor de sucessos como 'Agoniza, mas não morre', ela estava internado no Instituto Nacional do Câncer (Inca) desta a última sexta-feira (21).
Ele deixa a mulher, Evonete Belizario Mattos, e os seis filhos biológicos (Fernando, José Geraldo, Marcos, Léo, Ricardo e Ronaldo), além de Rosemere, Rosemar e Rosana, que adotou.
Nelson Sargento foi internado após apresentar quadro de desidratação, anorexia e significativa queda do estado geral. Ele foi diagnosticado com covid-19 assim que chegou ao hospital.
Nelson Sargento foi um dos primeiros cariocas vacinados contra o coronavírus. Ele recebeu a primeira dose da Coronavac em 31 de janeiro. À época, o compositor foi um dos nomes escolhidos pela Prefeitura do Rio para marcar o início da campanha de imunização na cidade.
Em fevereiro, em entrevista ao Estadão, Sargento lamentou a pandemia, que levou ao cancelamento do carnaval carioca e o obrigou a passar seus dias dentro do apartamento onde mora, em Copacabana, na zona sul. Na ocasião, porém, ele se mostrou otimista e falou sobre a felicidade de ter sido vacinado.
"Isso tudo vai passar. Tem que passar", disse o sambista, que se emocionou ao receber a primeira dose da vacina. "Levantei a manga da camisa, a moça fez o trabalho dela. Eu fui ao céu e voltei."
O Sargento corresponde, na verdade, à mais alta graduação que o cidadão Nélson Mattos atingiu quando serviu ao Exército brasileiro. Viveu durante longos anos nos morros da cidade do Rio de Janeiro.
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Nelson Sargento - Agoniza mas não morre