Bahia / Economia

Bahia lidera geração de emprego no Nordeste em abril de 2021

No Nordeste, seis estados criaram vagas de trabalho

Foto: Josue Isai Ramos Figueroa/Unsplash/Creative Commons
O setor de construção gerou quase 800 postos de trabalho

A Bahia gerou 9.207 postos de trabalho com carteira assinada em abril deste ano, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado decorre da diferença entre 52.539 admissões e 43.332 desligamentos.

A Bahia liderou a geração de emprego formal no Nordeste no mês. Os dados são do Ministério da Economia, que divulgou nesta quarta-feira (26) as estatísticas mensais do emprego formal, através do Novo Caged, sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).

Apesar do contexto sanitário mundial atípico, o estado ocupou a primeira posição em relação à geração de posições celetistas dentre os estados nordestinos e a sexta dentre os estados brasileiros em abril de 2021.

No Nordeste, seis estados criaram vagas de trabalho. A Bahia (+9.207 postos) foi acompanhada por Pernambuco (+4.798 postos), Ceará (+3.297 postos), Maranhão (+3.056 postos), Piauí (+2.060 postos) e Paraíba (+690 postos). Em contrapartida, Alagoas (-3.208 postos), Sergipe (-92 postos) e Rio Grande do Norte (-61 postos) encerraram posições celetistas.

“Essa marca é excepcional, sobretudo neste momento de enfrentamento à crise sanitária da Covid-19. Reflete também o trabalho de interiorização dos investimentos, promovido pelo Governo do Estado, que sinaliza o índice de 86% dos novos empreendimentos indo para as cidades do interior. Além disso, a Bahia tem atualmente 198 empreendimentos em processo de implantação, em 72 municípios, com aporte de R$ 45,4 bilhões e oferta potencial de 17,4 mil postos de trabalho. Cerca de 60% desses investimentos estão previstos para entrarem em operação até 2022”, aponta o vice-governador João Leão, secretário do Planejamento.

Classificando os setores de atividade econômica em cinco grandes grupos, todos apresentaram saldos positivos em abril de 2021: Serviços (+4.761 postos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+1.568 postos), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+1.203 postos), Indústria geral (+879 postos) e Construção (+796 postos). No grupamento que mais gerou, o de Serviços, destacou-se a área de Saúde Humana e Serviços Sociais com a criação de 2.483 postos.

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, a Bahia (+52.362 postos) seguiu a tendência apresentada pela região nordestina (+88.576 postos) e pelo país (+957.889 postos). O estado ocupou a primeira posição no Nordeste, seguido pelo Ceará (+20.026 postos). No Brasil, o estado baiano está no sexto lugar, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. A capital do estado também apresentou saldo positivo em abril (+1.658 postos) e no acumulado do ano (+12.275 postos).

Faltou trabalho no País

No trimestre terminado em março de 2021, faltou trabalho para um recorde de 33,202 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 28,7% no trimestre até dezembro para 29,7% no trimestre até março. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até março de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,4%.

A população subutilizada subiu 3,7% ante o trimestre até dezembro, 1,171 milhão de pessoas a mais. Em relação ao trimestre até março de 2020, houve um avanço de 20,2%, mais 5,582 milhões de pessoas.

A taxa de desocupação saiu de 13,9% no trimestre até dezembro para um recorde de 14,7% no trimestre até março.

Subocupados por insuficiência de horas trabalhadas

Segundo o IBGE, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 8,2% no trimestre até março, ante 7,9% no trimestre até dezembro.

Em todo o Brasil, há 7,032 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.

Na passagem do trimestre até dezembro para o trimestre até março, houve um aumento de 241 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 565 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a mais em um ano.

Salários

A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 15,205 bilhões no período de um ano, para R$ 212,514 bilhões, uma queda de 6,7% no trimestre encerrado em março em relação ao mesmo período de 2020.

Na comparação com o trimestre terminado em dezembro, a massa de renda real caiu 1,5%, com R$ 3,159 bilhões a menos.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 0,9% na comparação com o trimestre até dezembro, R$ 22 a menos.

Em relação ao trimestre encerrado em março do ano passado, a renda média subiu 0,8%, R$ 20 a mais, para R$ 2.544.