Música

Cânticos e E-book exaltam a liturgia Jeje-Nagô

"Sà Hùn, cantando para os Voduns do Jeje Savalou" será apresentado ao público nesta sexta (28)

Divulgação

Mawó Adelson Britto - idealizador do projeto

O projeto “Sà Hùn, cantando para os Voduns do Jeje Savalou”, composto por um e-book e um cd-virtual, será apresentado nesta sexta (28) de maio, em live que será transmitida pelo canal do youtube/nagovodun. 

A proposta é fortalecer o processo de construção da identidade do negro como cidadão afro-brasileiro, demonstrando que sua herança cultural africana tem como suporte línguas dotadas de léxica e semântica, e que sua história não pode ser contada a partir de uma realidade de marginalização social e política do afrodescendente.

 “Nós vivemos a religião em primeiro plano, na primeira pessoa do verbo. Reunimos nesse trabalho um pouco do conhecimento que solidifica as bases da construção de uma hierarquia de saberes que nos orienta com relação a uma epistemologia e uma didática capazes de valorizar a riqueza do Candomblé Jeje Savalou como uma Cultura autóctone africana e afrodescendente, um modelo de vida em sociedade, uma filosofia de libertação”, explica o idealizador do projeto, professor Mawó Adelson de Brito.

No livro textual (e-book) os cânticos para as divindades do Panteão Jeje Savalou (escritos/registrados em língua Fon (Fòngbè) e Língua Iorubá (èdè Yorùbá) estão devidamente respaldados por suas respectivas traduções para o Português, visto terem sido tratados mediante metodologia atualizada, o que os tornam perfeitamente compreensíveis em nossos dias. Já o áudio-cd é composto com esses cânticos litúrgicos específicos dos ritos, procedidos em um Templo Jeje Savalou. “Esse CD musical entra no conjunto da obra com o objetivo de dar testemunho melódico e registro físico para a posteridade”, complementa Brito.

No blog http://nagovodun.blogspot.com estão disponíveis publicações sobre a língua iorubá e fotos dos bastidores das gravações dos cânticos, com as participações dos músicos Eliene Vale, Paulo Fiaz, Josué Debessy, Gustavo Caribé e Tiago Nunes.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.