
As festas de fim de ano transformam a rotina das casas com visitas, sons intensos, novos objetos e maior movimentação.
Para gatos e cães, que são sensíveis a mudanças no ambiente, esse período pode gerar estresse, curiosidade excessiva ou até riscos à saúde.
Pequenas adaptações feitas pelas famílias contribuem para que os pets se sintam mais seguros e confortáveis durante as comemorações.
Segundo Priscila Rizelo, médica-veterinária e gerente de Comunicação e Assuntos Científicos da Royal Canin Brasil, “ser tutor de um gato ou cão é um compromisso que vai muito além do carinho. Envolve o dever de zelar pela saúde e pelo bem-estar do animal, proporcionando conforto, segurança e um ambiente adequado, especialmente em períodos como as festas de fim de ano, que podem trazer mudanças na rotina, ruídos e estímulos diferentes. Ao colocar esses cuidados em prática, é possível reduzir o estresse e garantir que os animais passem por esse período de forma mais tranquila”.
Orientações práticas para promover mais equilíbrio e proteger os pets ao longo das celebrações:
Ambiente preparado e acolhedor - Criar um espaço em que o pet possa relaxar longe do fluxo de visitas e dos barulhos mais intensos ajuda a reduzir o estresse. Um cantinho familiar, com cama, brinquedos e itens que transmitam segurança, oferece refúgio para que gatos e cães possam se afastar do movimento quando desejarem.
Cuidados com alimentos e objetos festivos - As comidas típicas das celebrações podem ser atraentes, mas muitos ingredientes comuns às ceias não são adequados para pets e podem causar desconfortos ou intoxicações, como uvas passas, chocolate e bebidas alcoólicas.
Manter a rotina alimentar e evitar que convidados ofereçam alimentos inadequados é essencial para preservar a saúde digestiva do pet.
Atenção também à decoração: fios, enfeites, plantas e objetos pequenos podem despertar curiosidade e devem permanecer fora do alcance dos animais.
Atenção aos sons intensos - O barulho dos fogos de artifício costuma ser incômodo para os pets. Reduzir estímulos sonoros, manter portas e janelas fechadas e utilizar sons contínuos, como música suave ou TV, pode ajudar a trazer sensação de segurança.
A presença do tutor durante os momentos de maior ruído é um apoio importante para que o animal se sinta protegido.
Movimentação da casa e risco de fugas - O entra e sai de convidados aumenta as chances de portas e portões ficarem abertos. Identificar o pet com microchip e plaquinha com o contato do tutor facilita a recuperação em caso de fuga.
Observar o comportamento do animal, especialmente em momentos mais agitados, contribui para ajustar o ambiente e evitar situações de risco.
Viagens e adaptação a novos ambientes - Para famílias que vão viajar, organizar a ida do pet com antecedência ajuda a garantir uma experiência mais tranquila. Consultar um médico-veterinário antes do embarque, preparar o transporte de forma segura e levar itens familiares, como manta ou brinquedo preferido, favorecem a adaptação.
Quando o pet não acompanha a família, hospedagens especializadas ou pet sitters são alternativas que mantêm a rotina diária de cuidados.
