Os dados foram apresentados nesta terça-feira (16 de março) pela Febraban-Federação Brasileira de Bancos e são o resultado de pesquisa feita entre os dias 1º e 7 de março, com 3 mil internautas, em todas as regiões do país.
A maioria dos brasileiros (74%) vê a situação piorando e, perguntados sobre as mudanças ocorridas no período, 58% responderam que foram em suas finanças e relações interpessoais.
Segundo o levantamento, o Nordeste é a região onde é maior a sensação de que piorou a situação da pandemia (78%). Os dados mostram também que 65% dos nordestinos acreditam que a população só estará totalmente imunizada em 2022, o índice mais pessimista do país, ao lado da região Sul.
O Nordeste é ainda a região que mais citou o combate às desigualdades sociais como prioridade no fim da pandemia (62%), e onde o percentual de retorno das aulas presenciais é mais alto (78%). Também nessa região encontram-se os pais mais seguros com relação aos filhos que retornaram às aulas presenciais (46%).
"É a região onde o maior percentual de pessoas, 44%, está saindo de casa com frequência para trabalhar", afirma o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda presidente do Conselho Científico do Ipespe.
Outros indicadores da pesquisa na região Nordeste revelam que:
-- 57% relataram mudanças nas finanças
-- 57% apontam mudanças na saúde mental e emocional
-- 82% estão insatisfeitos com o ritmo da vacinação no Brasil
-- 23% não confiam na eficácia da vacina
-- 31% querem encontrar familiares assim que a epidemia acabar
Para o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, alguns dos maiores impactos da pandemia se deram no campo das finanças e nas relações familiares e sociais. "Isso explica o desejo prioritário - quando a maioria da população estiver imunizada - de encontrar os parentes que não têm visto por causa da Covid", afirma.