Educação

Curso Jenipapo Urucum prepara mulheres indígenas para o ENEM

O curso é apoiado grupo L?Oréal

O curso pré universitário Jenipapo Urucum, preparatório para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) é um projeto inovador da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí) com o apoio do programa “ L’Oréal para o futuro”, do grupo L’Oréal que investe em ações que promovem a igualdade de gênero e a diversidade.

Exclusivas para mulheres indígenas, as aulas são gratuitas e vão oferecer material didático físico e digital, preparado por professores baianos.

O lançamento do curso aconteceu no Dia Internacional da Mulher (08), com aula inaugural que contou com a presença das doutorandas Anari Pataxó (BA) e Célia Xacriabá (MG).

Célia Xacriabá encorajou as mulheres a enfrentar a vida acadêmica, onde ainda “é preciso combater o racismo, apesar do crescimento da presença indígena devido ao sistema de cotas raciais”.

Na mesa de abertura, com o tema “A importância da universidade na luta das mulheres indígenas” a presidente do Conselho Diretor da Anai Jurema Machado e a diretora de Sustentabilidade da L’Oréal Brasil Maya Colombani enfatizaram a importância das mulheres indígenas acessarem o ambiente acadêmico para conquistarem empoderamento político em espaços de decisão.

A coordenação geral do curso é de Rutian Pataxó, jovem liderança do povo Pataxó (Bahia), dirigente do Movimento Unido dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (MUPOIBA), graduada em Ciências Econômicas com Especialização em Direitos Humanos e Contemporaneidade e graduanda em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).  

Já a coordenação pedagógica é de Nathahie Pavelic, doutora em Cultura e Sociedade pelo Programa Multidisciplinar de Pós Graduação em Pós Cultura da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Antropologia Social e Etnologia  pelo Institut Interdisciplinaire  d’Anthropologie du Contemporain (IIAC) da Ecole des Hautes Etudes em Sciences Sociales (EHESS) na França.

De 08 a 28 de fevereiro de 2021, foram inscritas 171 alunas, de 50 etnias diferentes, de 12 estados brasileiros. O curso vai acontecer de março a novembro, com aulas virtuais de segunda a sexta-feira, de 17h50 às 21h, além de monitoria e acompanhamento dos estudos aos sábados. O corpo docente reúne professores baianos de todas as áreas, incluindo Redação e Espanhol.

Para difundir a experiência inédita, todas as etapas do projeto serão divulgadas nas redes da Anai @anai_associacaoindigenista ou no facebook Anaí – Associação Nacional de Ação Indigenista