Foto: Matt Hardy/Pexels/Creative Commons
Agora me diga, meu lindinho, se eu tenho ou não razão quando digo que a sorte sempre bate na minha porta trazendo um monte de boas coisas. Bate, sim, e bate forte, segura. E eu sempre abro, e abraço as ofertas da vida com alegria e disposição. Quer saber?
Depois de mais de cinco meses sentando na minha varanda, ouvindo cair a água na minha fonte, olhando o zap, contando as folhas das minhas flores e plantas, a rotina se quebrou quando o telefone tocou. Era minha amiga Isabel Rodrigues, a queridíssima Bebel, querendo saber se eu gostaria de ir com ela e Niltinho, seu esposo, para Itacimirim, para dar um abraço em Ivete Monteiro.
Fingi pensar um segundo, pra não dar aquele pulo de alegria, e no minuto seguinte dei o grito: já estou pronta, Bebel, tá passando aqui agora? Estava. E lá fomos nós, passarinheiras e felizes, rumo à Linha Verde, para matar a saudade de Ivetão, nossa irmã do coração.
Sabe o que é uma festa, com pulos de espanto e alegria, abraços apertados e beijos melados de saudade? Pode dobrar, triplicar que ainda será pouco. Ivete estava no seu sítio recolhida há quase seis meses, procurando se precaver da famigerada ‘covid’, como todos nós, aliás.
Mas a gente, aqui na cidade, tem a impressão que está mais ‘acompanhada’, talvez pelos variados meios de comunicação trazendo informações a todo momento, ou por ter vizinhos próximos, ou até por estar na cidade. Ivete, lá no sítio, no Condomínio Tavarua, só tem de companhia o marzão maravilhoso mas quase deserto, os coqueiros a balançar e uma piscina azulzinha, convidativa, mas que ela demora a pular dentro, além de uma casa muito confortável, mas sem amigos para desarrumar, dividir a cerveja e compartilhar a conversa fiada.
Aí, sem ela esperar, chegamos nós – Nilton, Isabel, eu e a amiga Irani – quatro amiguinhos queridinhos, animadinhos, sedentos e famintos da presença dela. E quando ‘desapeamos’, deparamos com um paraíso: um condomínio lindo e acolhedor, casas charmosas harmonizadas com frente para o mar, um coqueiral balançando ao sabor das ondas, e Ivete ainda tem um ‘plus’, além da companhia acolhedora da sua amiga Sued, tem o apoio de Fan, uma auxiliar que... fala francês.
E eu me diverti muito. Era só ‘enchantê’ prá lá e ‘merci beaucoup’ pra cá, falando com ela. É mole? Ela passou uns tempos com uma família pela Europa, amou Paris, e tem muitos ‘causos’ pra contar. É uma figura ímpar, divertidíssima. E o melhor, se encantou por mim, me achou encantadora. Aí, passei bem, pois não precisava pedir nada, ela já trazia tudo pra mim. Maravilha, velho. Fiquei como princesa, sendo servida a pão-de-ló pela francesinha de Itacimirim.
O tempo foi pouco para atualizarmos as fofocas, matar as saudades, acalmar o coração e apreciar a beleza do lugar e os quitutes de Ivete e Fan. E tira-gosto com sotaque francês é mais gostoso. Eu me sentia em plena Notre Dame. Foi um dia maravilhoso, uma confirmação de que as boas amizades e as boas surpresas fazem a alegria, dão cores à vida.
Agora, de volta à reclusão, saio amanhã novamente para tomar posse como conselheira fiscal da Associação Bahiana de Imprensa, ABI, que terá como presidente meu ex-aluninho querido, Ernesto Marques, com vários e amados coleguinhas na chapa. Estou animada pois gosto do trabalho sindical, não é atoa que fui presidente do Sindicato dos Jornalistas por alguns períodos. Espero poder ajudar aos coleguinhas, principalmente os do interior. Vamos pra frente.
Mas vou cobrar de Kardé o almoço que ela prometeu séculos atrás mas não pudemos realizar por causa desta quarentena. Tão logo a vida seja liberada, vou aparecer na porta dela faminta. Prometeu, e está doida pra cumprir, né, Kardezinha? Estaremos aí em breve. Agora, com os encontros na ABI, vai ficar mais fácil.
Mas agora, aventais a postos, vamos preparar uma torta de limão, receita da nossa loura linda, Elíbia Portela, que diz ser uma receita tradicional e muito fácil de fazer.
Torta de Limão de Elíbia
Crosta:
-- 2 pacotes de biscoito Maria
-- 100g de manteiga derretida e fria.
Modo de fazer:
1 - Bater o biscoito no liquidificador até formar uma farinha;
2 - Transferir o resultado para um recipiente e adicionar a menteiga; misturar os dois até formar uma farofa úmida e forrar uma forma de fundo removível. Reservar.
Para o recheio:
-- Uma lata de leite condensado
-- 100ml de suco de limão.
Modo de fazer:
1 - Combinar os dois em uma tigela e misturar (simples assim); despejar esse recheio na forma reservada que está coberta com a crosta de biscoito. Levar à geladeira enquanto prepara a cobertura.
Cobertura:
-- 3 claras e 100 gramas de açúcar de confeiteiro.
Modo de fazer:
1 - Bater as claras na batedeira em alta velocidade até o ponto de neve firme. Acrescentar o açúcar aos poucos até formar um merengue. Cobrir a torta com o merengue.
2 - Fazer picos e levar ao forno pré-aquecido a 180ºC, até os picos ficarem dourados. Retirar do forno, esperar esfriar e levar à geladeira antes de desenformar. Depois de bem gelada, desenformar e servir, aguardando os aplausos. Xero.