A Comissão Europeia pretende ter as primeiras doses da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford já no mês de novembro, apesar de a terceira e última fase de ensaios clínicos estar prevista para terminar apenas em junho de 2021.
A informação foi obtida pela ANSA com funcionários do poder Executivo da União Europeia, que assinou no fim de agosto um contrato para comprar pelo menos 300 milhões de doses da vacina ChAdOx1 nCoV-19, com opção de adquirir outras 100 milhões.
A Comissão Europeia quer garantir acesso universal ao medicamento no bloco e também planeja distribuí-lo para países em desenvolvimento.
Na última quarta-feira (2), o ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, já havia dito que esperava ter as primeiras doses da vacina de Oxford até o fim do ano.
Considerada uma das mais promissoras para conter a pandemia, a candidata está na terceira e última fase de testes em humanos em diversos países do mundo, inclusive o Brasil, em uma etapa que deve durar até junho do ano que vem.
No entanto, a própria AstraZeneca, multinacional anglo-sueca responsável pela produção e distribuição global da vacina, já disse que pretende iniciar as entregas dos primeiros lotes ainda em 2020.
A candidata de Oxford utiliza um adenovírus de chimpanzés para apresentar ao sistema imunológico a proteína spike, usada pelo coronavírus Sars-CoV-2 para agredir células humanas.