A Comissão Europeia assinou nesta quinta-feira (27) o primeiro contrato de compra antecipada de vacinas contra o novo coronavírus para Estados-membros do bloco.
O acordo com a multinacional anglo-sueca AstraZeneca prevê a aquisição de pelo menos 300 milhões de doses da candidata desenvolvida pela Universidade de Oxford, que está sendo testada inclusive no Brasil, com uma opção de comprar outras 100 milhões de unidades - a população da União Europeia é de cerca de 445 milhões de pessoas.
O protocolo já havia obtido aprovação das duas partes em 14 de agosto, mas agora foi formalizado pelo poder Executivo do bloco e pela AstraZeneca. De acordo com Bruxelas, o contrato também permitirá a "doação" da vacina para "países de renda média e baixa ou o redirecionamento para outros países europeus".
"A comissão está trabalhando sem parar para prover aos cidadãos europeus uma vacina segura e efetiva contra a Covid-19 o quanto antes. A entrada em vigor do contrato com a AstraZeneca é um importante passo à frente nesse sentido", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O poder Executivo da UE também já concluiu conversas exploratórias com as empresas Sanofi-GSK, Johnson & Johnson, CureVac e Moderna a respeito de outras quatro possíveis vacinas contra o novo coronavírus, mas esses acordos ainda não foram formalizados.
A candidata de Oxford, chamada ChAdOx1 nCoV-19, é considerada uma das mais promissoras para deter a pandemia e utiliza um adenovírus de chimpanzés para apresentar ao sistema imunológico a proteína spike, usada pelo coronavírus Sars-CoV-2 para agredir células humanas.
A vacina está na terceira e última fase de estudos clínicos.