Uma brasileira de 34 anos e residente na Itália entrou com uma ação contra o príncipe Albert II de Mônaco, 62, para o reconhecimento da paternidade de sua filha, nascida em 2005.
A mulher diz que a adolescente é fruto de um relacionamento com o monarca iniciado em um "conhecido local" do Rio de Janeiro, em 2004. "Quando conheci o príncipe, eu tinha 19 anos [Albert II tinha 46] e não sabia quem ele era", conta a brasileira, que preferiu se manter anônima para proteger a filha.
De acordo com a ação, impetrada no Tribunal de Milão, a brasileira teria engravidado do príncipe após uma viagem pela Europa. Ela teria informado Albert II imediatamente sobre a gestação, mas o monegasco não admitiu a paternidade.
"Minha cliente está vivendo um momento muito delicado e importante para a vida de sua filha, que, ao fazer 15 anos, pediu para a mãe revelar quem era seu pai natural. E ela decidiu cumprir seu desejo", explica o advogado da brasileira, Erich Grimaldi.
"A ausência do reconhecimento provocou profundo sofrimento à menina, a qual tem o direito de ser reconhecida e tutelada, e é por isso que fomos ao tribunal, após termos tentado, em vão, uma reconciliação com a família", acrescenta.
Segundo a brasileira, ela descobriu que Albert II era o príncipe de Mônaco somente depois ter se mudado para a Itália. "Foi um choque", afirma ela, que mora na região de Marcas, no centro do país europeu.
Albert II é príncipe soberano de Mônaco desde abril de 2005, quando substituiu seu pai, Rainier III, morto naquele mesmo mês. Ele é casado desde 2011 com a sul-africana Charlene Wittstock, com quem tem um casal de gêmeos: o príncipe herdeiro Jacques e a princesa Gabriella.
No entanto, Albert II tem dois outros filhos anteriores ao matrimônio: Jazmin Grace Grimaldi, com a americana Tamara Jean Rotolo, e Alexandre Grimaldi-Coste, com a togolesa Nicole Coste.