Saúde

Médica aconselha uso preventivo da Ivermectina contra a Covid-19

"Todo mundo já deu Ivermectina para crianças de escola", lembra a médica

Cristiana Almeida
A médica Cristiana Altino de Almeida

As perguntas são feitas pela médica Cristiana Altino de Almeida, do Hospital Português de Recife, em seu perfil no Facebook: "Quem acredita nas autoridades que mandam ficar em casa e não se tratar [precocemente contra a Covid-19], mas se tratam? Governadores, secretários de estado, médicos que não tratam o povo nos serviços públicos mas se tratam ou tratam em seus consultórios particulares. Como acreditar nessas pessoas? Onde já se viu que é saudável transporte público mas banho de mar é proibido?".

A médica defende o uso da Ivermectina como tratamento precoce contra a Covid-19.

Descoberta em 1975 e introduzida no mercado em 1981, a Ivermectina é um fármaco usado no tratamento de vários tipos de infestações por parasitas, como piolhos, sarna e verminoses. Faz parte da lista de medicamentos essenciais da  OMS-Organização Mundial de Saúde, uma lista com os medicamentos mais seguros, eficazes e fundamentais num sistema de saúde.

Um estudo liderado pela Monash University, em Melbourne, na Austrália, demostrou que a Ivermectina possui atividade antiviral contra o vírus causador da Covid-19.

"Na África se toma Ivermectina para cisticercose e filariose e hidroxicloroquina para malária. Grande parte dos brasileiros que trabalharam lá tomaram hidroxicloroquina e não fazia mal e nem se falava nisso. Parece que só ficou perigosa depois das aulas de [Luiz Henrique] Mandetta", ex-ministro da Saúde, diz a médica.

Ela faz outra pergunta: "Como pode dormir um médico que negou a única chance terapêutica a um paciente infectado por esse vírus imprevisível e cruel?"

E recomenda: "Use Ivermectina de forma preventiva contra a Covid-19. Isso pode salvar sua vida".

São muitos os depoimentos, no perfil da médica Cristiana Almeida, de pessoas afirmando vir tomando o medicamento de forma preventiva. E embora uma parte dos profissionais de saúde continue aguardando estudos científicos que comprovem a eficácia no tratamento da Covid-19, médicos que testaram positivo tomaram a Hidroxicloroquina associada à Ivermectina.

Foi o caso do médico David Uip, ex-diretor-executivo do Instituto do Coração de São Paulo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, considerado um dos maiores especialistas em doenças infecciosas no país.

O cardiologista Roberto Kalil, diretor do do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, também usou os medicamentos ao testar positivo contra a Covid-19. 

Kalil deu sua opinião - "como médico e como paciente" ao R7 Notícias: "Independente das ideologias: o que temos que procurar é minimizar o dano à população e simplesmente evitar mortes. Se existe uma medicação com evidências que pode ter benefícios junto com outras medicações, porque é um pacote de medicações, em uma situação dessas, que 5% dos casos ficam muito graves, eu acho que tem que ser utilizado e pronto".

À Folha de S.Paulo, o diretor do Sírio-Libanês explicou como foi o seu tratamento. "De cara, tomei cloroquina, antibiótico e corticoide na veia e anticoagulante porque eu tinha fatores no sangue de mau prognóstico em relação à trombose, além do oxigênio. No fim do dia, o chefe da semi-intensiva me perguntou: Kalil, se você for intubado, você quer ir para qual UTI? Aí eu me assustei. Às 4h da manhã, ele passou de novo no quarto e disse que as medicações estavam fazendo efeito e que a oxigenação tinha melhorado. Escapei da UTI e de ser intubado".

A médica Cristiana Almeida concorda com os convênios que tratam seus clientes preventivamente. "Estão realizando duas ações extremamente positivas no meio dessa pandemia: 1 - não deixando seus clientes evoluírem para fases mais difíceis, onerosas e perigosas, quando o risco de morte aumenta ou as lesões deixam sequelas; 2 - Com a diminuição da ocupação de leitos hospitalares, os pacientes eletivos podem ser atendidos."

Chama a atenção, também, para o que está acontecendo com os portadores de outras doenças, que "ficaram em casa, em pânico, abandonados pelo sistema de saúde mundial". Os hospitais praticamente fecharam para essas pessoas, segundo ela. "O que acontece com os cardiopatas em casa sem condições de seguir suas rotinas? Os doentes renais? Os que estavam em acompanhamento de câncer ou os que tiveram uma lesão suspeita de câncer?", pergunta. "Seguramente pioraram da doença ou pioraram suas expectativas de cura e portanto mudaram de prognóstico, que significa a previsão da evolução", responde.

Muitos tratamentos necessários foram adiados e muitos protocolos de tratamento de câncer abandonados, disse a médica. "Houve uma luta enorme para colocar no SUS o período máximo de tempo para atendimento de uma pessoa com câncer. Essa batalha foi perdida durante essa pandemia", constata. 

A médica do Hospital Português de Recife considera que o Brasil tem vários pontos de vantagens sobre outros países. Um deles, o fato de possuir um protocolo de tratamento na fase inicial da doença adotado desde 23 de maio pelo Ministério da Saúde. O resultado imediato da adoção, destaca, "foi a queda rápida na letalidade de 14% para 4%, índice considerado excelente em comparação com a Alemanha".

A letalidade poderia ser muito menor, afirma, "se não tivesse havido a guerra contra a Hidroxicloroquina ou a obediência às insanas ordens da Organização Mundial da Saúde, tomadas como absolutas".