Nessa segunda-feira (6), as redes sociais se agitaram com a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está com sintomas da Covid-19. No Twitter houve até campanha torcendo pelo vírus, que em diversas oportunidades foi menosprezado pelo próprio presidente. O filho 03, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), ficou incomodado com a hashtag #forcacorona e pediu "solidariedade imediata" aos líderes de outros poderes.
A febre de 38ºC alertou Bolsonaro, que já realizou exame de pulmão e o teste para o coronavírus, com resultado previsto para o meio-dia desta terça (7). Sem ministro da Saúde efetivo, a gestão do presidente encara a pandemia sem defender o seguimento de medidas sanitárias, como o isolamento social. O próprio mandatário chegou a participar, por exemplo, das manifestações antidemocráticas contra o Senado, a Câmara dos Deputados, Supremo Tribunal Federal e até governadores da oposição.
Ainda que os ataques aos líderes dos demais Poderes tenha ganhado fama nos bastidores como um hobby do pai, Carlos Bolsonaro pediu apoio aos representantes e chamou os "torcedores" da Covid-19 de desumanos. "A imensa quantidade de pessoas pedindo a morte do chefe do Executivo neste momento deveria ser motivo de solidariedade imediata dos líderes dos outros Poderes, mas o que vemos novamente é a seletividade da indignação e ninguém chama os tais 'desumanos' de robôs. Não terão êxito!", publicou o vereador.
Enquanto o quadro clínico ainda é investigado, o medo da infecção fez com que Bolsonaro iniciasse o "tratamento preventivo" com hidroxicloroquina e azitromicina. Duas das principais substâncias que tentou popularizar como a cura da Covid-19, no entanto, os medicamentos não têm eficácia comprovada.