Helô Sampaio

Faça um pão e leve para a mulher que você mais ama (sua mãe)

Meus fofuchos, aproveitem e dêem todo amor, carinho, cuidado e valor a ela


A mamãe Nieta, amadinha, mais nova e sempre linda

Se eu soubesse que ia fazer tanto sucesso ao publicar, na coluna passada, aquelas fotos da época em que eu era novinha, gostosinha, com aquele sorriso safadinho – tinha aproveitado mais o meu charme e trucidado mais corações. Caramba, recebi tantas ligações elogiosas que quase saio flutuando pelo espaço sideral. Só não saí porque, com este famigerado coronavírus, não estou nem saindo na porta de casa. Morro de medo desse bicho. Nesta altura da vida e na loucura desse mundo velho sem porteira, aparecer uma praga dessas para meter santos e pecadores no inferno, digo, pra meter dentro de casa, é duro. Se me contassem, eu não acreditaria.

E a coisa é séria. Eu me arrepio a cada hora que vejo no noticiário o aumento de casos de internamento e de mortes que o vírus tá provocando. O Brasil já deixou um bocado de países pra trás. Crendeuspai! Coisa do capeta, pode crer. E a gente só tem uma saída: não sair. Não é piada, não, véio, é sério. Ou fica em casa, contando quantos grãos de feijão tem em um litro, ou sai e, quem sabe, é sorteado e ganha um leito num hospital ainda que lotado. Tô brincando não. Até meu sobrinho, que é médico, pegou esta infelicidade tratando infectados e está internado. Felizmente, já fora de perigo. Mas, é duro. Quero ficar longe disso.

Por isso que não tenho visto nada, nem visitado ninguém. O telefone é que tem sido a minha salvação. Ligo para todos os amigos, mato saudade, mando beijos. Meus amigos Kakalo e Zé Braitt em Ibicaraí, Julinha Araújo e Inês em Itabuna, Genita em Canavieiras, Eni, Aliana e Roberto no Rio (e vários outros, além dos parentes), estão surpresos com tanto amor que tenho demonstrado nestes tempos bicudos. E é amor mesmo, meu lindinho despeitado. É carinho. Só que agora, com mais tempo em casa, a demonstração tem sido mais efusiva, mais constante pelo telefone.

E ainda tem os papos divertidos com Gessy Gesse, as longas conversas com Iracema Dias, as dicas para a coluna com Elíbia Portela, os ‘trelelês’ do momento com Eliene e Olenka. Mas que não cobrem a falta que sinto da minha natação, dos giros pela orla, das ‘espichadas’ pelo litoral Norte e dos almoços gostosos com os amigos, (viu, Foquinha?). Já tenho um almoço agendado com Maria da Gloria (minha amiga de infância que eu não vejo a milhares de anos), para logo depois da pandemia. A gente estudava na mesma escola em Ibicaraí e hoje tenho orgulho de vê-la freira na Sagrada Familia. (Ela é quase santa, não é ‘banda voou’ que nem eu, não. Rezo para que essa amizade me purifique um pouco).

Mas não esqueça que o próximo domingo é dedicado à mamãe, viu, neguinho? Trate logo de comprar um presente legal, que ela deseje muito. Ah! providencie em almoço diferente, encha-a de beijos e, ajoelhado, agradeça a Deus o privilégio de ter essa figura ao seu lado para enchê-la de carinho. Tenha certeza, mãe é o grande prêmio de Deus, a loteria maior das nossas vidas. Meu coração ainda chora pela minha Nietinha. Que saudade! Que vontade de abraçá-la, dar mil xeros, como eu fazia enquanto dizia que a amava muito. E ela sorria, abraçava a filha (chata?) sempre carente e carinhosa. Foi a melhor pessoa da minha vida, meu eterno amor. Deve estar lá de cima jogando beijo para a filhinha sempre precisada do seu amor.

E vocês, meus fofuchos, aproveitem e dêem todo amor, carinho, cuidado e valor a ela. Não somente nesse dia mas em todos os momentos. E, quando necessário, tenha paciência – que ela teve muita quando trocava as nossas fraldas sujas, quando nos arrumava para a escola, preparava a nossa comida; é hora do cuidado médico, da atenção, de levá-la para um passeio ou um lugar que ela deseja visitar, enfim, é hora de retribuir um pouco trabalho que demos, de enchê-la de amor, devolvendo um pouco do que recebemos dessa coisa linda que é a nossa mamãe. Enquanto escrevo, choro de saudade da minha Nieta, meu grande amor. Amava muito Henrique, meu pai lindo, que também, que me fazia todos os gostos. Mas o amor por minha Nieta, esse é imensurável.

Hoje a receita é da minha loura linda Elíbia Portela, amiga amada, mãe extremada, que preparou este pão para você deixar sua mãezinha feliz, minha fofinha. Vamos fazer o pão para a mamãe pois queremos ver todos felizes. Aventais a postos, viva a mamãe.

Pão para a mamãe amada

PãoIngredientes:

-- Um copo de leite (200 ml)
-- Um copo de água
-- 200g de manteiga
-- 2 ovos
-- Uma colher (sobremesa) de sal
-- 4 colheres (sopa) de açúcar
-- Uma colher (sopa) de fermento biológico
-- Farinha de trigo.

Modo de fazer:

1 - Bater todos os ingredientes no liquidificador por 2 minutos, transferir para a tigela da batedeira e ir, aos poucos, juntando farinha de trigo que seja suficiente até formar uma massa enxuta, que não grude nas paredes da tigela. Cobrir e reservar por 20 minutos.

2 - Dividir em  4 a 5 partes iguais. Estirar cada uma delas em forma de discos e rechear com um bom refogado de peito de frango – ou outro qualquer que deseje; modelar as ‘bolas’ e arrumar em uma forma grande e funda (de pudim).

3 - Pintar com gema misturada com gotas de azeite de oliva. Descansar mais 20 minutos. Assar em forno com temperatura de 190º por mais ou menos 45 minutos. Servir acompanhada por molho de alho

Para o molho de alho:

1) Uma caixinha de creme de leite, seis dentes de alho inteiros, uma colher (sopa) de azeite de oliva, sal e pimenta branca a gosto;

2) Fritar ligeiramente os dentes de alho no azeite, transferir para o liquidificador e juntar os demais ingredientes, batendo por 2 minutos. Servir em um recipiente acompanhando as fatias do nosso Pão da Mamãe e aguardar os beijinhos carinhosos dela. Muito amor para todos.