As festas de fim de ano estão chegando e alguns cuidados são necessários para com seu cão ou gato. O que pode ser festividade para você, pode ser um vilão para seu animal de estimação, como, por exemplo: decorações, ceias e fogos de artifício. O médico veterinário das rações MAX, Marcello Machado, dá algumas dicas de como aproveitar o Natal e a virada do ano, ao lado do seu pet.
1 - Decorações
Coisas luminosas e que balancem chamam a atenção dos gatos. Uma árvore de natal bem decorada e com muitos enfeites pode ser uma atração divertida, mas perigosa. O primeiro passo é escolher uma base forte e sólida para segurar a árvore, depois cercá-la, para que o felino não se aproxime. Prefira enfeites de plásticos, em vez de vidro, e pendure os mais delicados, sedutores e perigosos no topo.
“Gatos são curiosos e é importante distraí-los. Coloque brinquedos próximos à árvore ou até o arranhador, tirando assim, a atenção do pet. Outro detalhe é impedir que ele mastigue o fio do pisca-pisca e tome um choque. Prefira fios que interrompam a corrente automaticamente, quando danificados, e sempre desligue as luzes quando não estiver no local”, sugere Marcello.
2 - Ceias
Muitos tutores acabam partilhando alimentos das ceias com seus pets. Isso prejudica a saúde e pode causar intoxicações sérias nos animais de estimação. Por exemplo, os cães, possuem menos papilas gustativas do que o ser humano e não sentem com tanta intensidade os sabores.
O principal vilão do cardápio é o chocolate, que pode ser tóxico para cães e gatos, já que o cacau possui teobromina – substância que pode gerar vômitos e diarreia.
“No lugar de comida caseira e petiscos, ofereça alimentos específicos. Os snacks podem ser oferecidos como agrado ou recompensa, inclusive em momentos de festa, quando os pets ficam olhando para o tutor implorando por um agrado”, aconselha o médico veterinário.
3 - Fogos de artifício
A queima de fogos de artifício pode deixar cães e gatos agitados, com medo e até estressados. Snacks que possuem triptofano, podem proporcionar mais tranquilidade ao animal e colabora para acalmá-lo, além de proporcionar bem-estar. A alimentação pode estar alinhada à dessensibilização - prática que costuma dar certo em muitos casos.
“O tutor deve colocar a TV, ou o próprio celular, em um volume baixo com sons de fogos de artifício, para o cão se acostumar com aquele ambiente. Conforme ele vai se adaptando, o som deve aumentar gradativamente e paralelo a isso, dê um snack. Assim, ele associará o barulho com algo bom e perderá o medo. Caso seu pet tenha comportamentos agressivos, evite pegá-lo no colo”, recomenda Machado.
4 - Vai viajar com pet?
Primeiro planeje sua viagem e faça um roteiro que consiga incluir o seu pet nessa viagem. Depois, pense em qual tipo de transporte irá usar. Caso utilize um automóvel, cães devem usar cintos de segurança e os gatinhos precisam ser transportados em caixas apropriadas. Cachorros de grande porte podem viajar no porta-malas, desde que tenham rede de proteção.
“Planeje paradas a cada duas ou três horas e tenha bastante água. Afinal, os cães sofrem mais com o calor do que nós e precisam ficar hidratados. Leve também, uma quantidade suficiente da ração que seu pet está acostumado a comer. Fique atento à carteirinha de vacinação do seu bichinho, leve os remédios que ele costuma tomar e os medicamentos para casos de emergência. Não esqueça de procurar antes de viajar uma clínica veterinária de referência no seu destino”, destaca Marcelo.
Caso o seu cão ou gato não viaje com você, algumas dicas também devem ser seguidas:
-- Se puder, deixe uma camiseta ou algo que tenha seu cheiro. Isso faz com que seu pet não se sinta tão sozinho
-- Primeiro estude opções de hospedagem para cães e gatos ou pet sitter
-- Chame um amigo ou familiar para cuidar do seu pet na sua ausência. Importante que, seja alguém de confiança e que seu animal de estimação se sinta confortável com a pessoa
-- Confira se todas as portas e janelas, mesmo as que possuem grades e telas, estejam bem fechadas
-- Deixe brinquedos que ajudem a distrair o animal, para manter seu pet ocupado com algo seguro e eficaz
Mais 6 dicas para proteger seu animal no fim de ano
“Algumas técnicas como o adestramento ou o uso de medicamentos e coadjuvantes terapêuticos, como os florais, podem ajudar a aliviar esse estresse, mas é necessário uma consulta com um profissional especializado que ajudará a identificar o melhor tratamento para cada animal”, explica o veterinário e fundador da Animal Place, Jorge Morais que lista 6 dicas para amenizar esse problema.
- Deixe que o animal de estimação fique no cômodo da casa que tenha menor ruído, e em segurança;
- Não deixe o cão ou gato preso em correntes ou caixas de transporte. Na hora dos fogos de artifício eles podem entrar em pânico e se machucar;
- Mantenha portas e janelas trancadas, evitando que o animal fuja e até mesmo se perca. Se morar em apartamento, verifique se as telas de proteção estão firmes;
- Tape os ouvidos do animal com um chumaço de algodão parafinado (hidrófobo). Não se esqueça de retirá-los assim que o barulho cessar, já que podem causar infecções caso fiquem por muito tempo;
- Existe uma técnica chamada de TTouch, que consiste em atar o cão com um pano para que a circulação sanguínea do corpo do animal seja estimulada, diminuindo assim, as tensões e a irritabilidade. Informe-se com seu veterinário;
- Nunca deixe o pet sozinho nesses momentos. A companhia do dono ajuda a passar mais segurança e amenizar esses momentos ruins.