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“Os padrões de beleza que lutem para se encaixar em mim”. Essa frase não é minha, é da Natalya Ericka, mas eu me identifiquei muito, pois ela expressa exatamente o que eu defendo diariamente nas minhas redes sociais, nos atendimentos e nas palestras quando me perguntam sobre padrões de beleza.

A sociedade nos obriga a sermos carrascas de nós mesmas, sempre em busca de um padrão de beleza que nos sufoca e nos oprime, construído e exigido pela mídia. Um padrão inalcançável, absolutamente irreal, que muitas vezes nos agride não só fisicamente como psicologicamente.

Não quero aqui fazer campanha contra a 'geração fitness' (de academias, dietas e estéticas), até porque quem me acompanha nas redes sociais sabe que gosto de atividade física e sempre estou colocando meu corpo para mexer, pois me ajuda a relaxar e melhora minha qualidade de vida, haja vista que sou hipertensa, tenho insônia e sofro de enxaqueca desde os 14 anos. Então me movimentar me deixa mais disposta, com o humor em dias, me ajuda a pensar melhor, de quebra deixa as pernocas mais lindas, sem falar dos benefícios para a vida sexual. E eu como uma estudiosa da área de sexualidade e defensora de que todxs merecem uma vida sexual plena e satisfatória não iria ficar de fora.

Penso que cuidar de si é fundamental e super saudável. Mas fazer disso uma questão de "vida ou morte", aí é totalmente desnecessário. Os excessos apresentam alguma ausência e normalmente fazem mal, como diz uma querida professora que eu tive, a palavrinha mágica é equilíbrio.

Buscar melhorar e até modificar sua aparência pode ser muito bom, se isso vai te deixar mais feliz, mas não como um pré-requisito para ser feliz, depositar na aparência a responsabilidade por sua felicidade.

E aí, eu quero falar de um movimento lindo que incentiva o amor próprio, a auto aceitação e a promoção da pluralidade da beleza. O Body Positive ou também Body positivity, na tradução, corpo positivo, ou seja, imagem corporal positiva.

É você ter um olhar positivo, carinhoso e sincero para com a sua imagem e também a dos outros. Aprendendo a ver a beleza na diversidade que existe nas pessoas, entendendo que ninguém tem que seguir padrões, ou ser obrigado a nada, e que o mundo está aí para todos estilos, corpos e medidas.

Seja sua própria referência! Permita-se!

Sexóloga, pós-graduada em Gênero e Sexualidade, especialista em Sexualidade Infantil e na Adolescência