Comportamento

Brasileiro é um dos mais pessimistas quanto ao trabalho

É o que aponta a pesquisa de Índice de Confiança Profissional, realizada pela Michael Page

Profissionais brasileiros estão no ranking mundial dos menos confiantes no mercado de trabaho. É o que aponta a pesquisa de Índice de Confiança Profissional, realizada pela Michael Page.

O levantamento avaliou a confiança do profissional frente às oportunidades de emprego, em 37 países. Para compor o estudo, foram recrutadas 18.131 pessoas que responderam ao questionário da empresa. Entre os pontos analisados, estão questões relacionadas ao mercado de trabalho, como novo emprego, promoção na carreira, competências, aumento salarial e o desenvolvimento do candidato. 

Segundo a pesquisa, o brasileiro aparece na 29º posição, sendo um dos países mais pessimistas quando o assunto é a procura por um novo emprego. De acordo com o estudo, as respostas positivas dos brasileiros sobre conseguir um trabalho em menos de 90 dias, totalizaram 60%, percentual que está no nível da média global (60%). Entre os mais confiantes estão os Estados Unidos (78%), Índia (77%), Indonésia (79%) e Canadá (79%)

No segundo semestre de 2018, esse número era um pouco menor, porém ainda expressivo: 58% dos brasileiros acreditavam na posibilidade de conseguir um emprego em um período de três meses. A média global era de 63%.

“A alta na taxa de desemprego e a economia em desaceleração estão deixando os executivos brasileiros mais receosos com o atual cenário. Essa queda no otimismo só será revertida com mudanças efetivas e reais que proporcionem emprego e renda para um enorme contingente de desempregados no País. Por outro lado, os empresários aguardam ansiosamente por reformas e planos que impulsionem a economia, produzindo mais postos de trabalho para o Brasil”, explica Renato Trindade, gerente executivo da Michael Page e Page Personnel.

Por outro lado, o profissional brasileiro é um dos que mais se sentem otimistas em conquistar uma promoção de cargo: 73% dos profissionais acreditam que podem ser promovidos, ocupando assim, a sexta posição do ranking. O otimismo é maior do que a média global, que é de 62%.

Pessimismo pode estar relacionado ao desemprego crescente no Brasil

Até fevereiro de 2019, a taxa de desemprego subiu para 12,4%, maior índice desde 2012, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse percentual representa 13,1 milhões de cidadãos brasileiros com 14 anos ou mais que estão desempregados.