Comportamento

Dinheiro é a principal causa de estresse dos brasileiros

Trabalho e família também estão no topo do ranking das preocupações da população

Foto: Divulgação

O dinheiro é a principal causa de estresse para 58% da população brasileira, seguido por trabalho (57%) e família (35%). É o que mostra a sexta edição da pesquisa anual "Global Investor Pulse", elaborada pela BlackRock e que busca entender a relação entre a saúde financeira das pessoas e seu bem-estar.

Embora o dinheiro preocupe, os brasileiros estão otimistas, pois a pesquisa registrou um alto nível de bem-estar (78%), superando a média global (61%). Diferentemente de outros povos, segundo o estudo, os brasileiros definem bem-estar como ter boa saúde física e mental e poder ajudar os outros, na frente de prioridades como atingir suas metas financeiras.

No entanto, mesmo com esse indicador positivo, apenas 48% dos brasileiros acreditam ter uma boa saúde financeira. Em comparação com outros países, o percentual não é ruim, porque o Brasil está na terceira posição na pesquisa. O México lidera o otimismo, com 53% da população se considerando financeiramente saudável, seguido pela China, com 51%. A média global é de 42%.

Diante da tramitação da reforma da Previdência, a pesquisa indica que a preparação para a aposentadoria continua a preocupar os brasileiros, pois ter mais dinheiro para melhorar a qualidade de vida é o maior foco de 61% dos entrevistados.

Porém os brasileiros seguem fazendo escolhas erradas quando se trata de investimentos, com 62% da população ainda aplicando na poupança. Segundo a BlackRock, isso ocorre porque no Brasil as pessoas se identificam mais com economizar do que investir, tanto que boa parte dos brasileiros investem em ativos reais, como imóveis, por verem essa modalidade como um meio mais seguro de aplicar o dinheiro.

Mas essa visão da população pode estar com os dias contados devido à tecnologia. O estudo mostrou que para 87% dos entrevistados novas tecnologias os ajudariam a se envolver mais com investimentos. Atualmente, no país, 16% administram suas finanças via meios tecnológicos e a tendência é de que esse percentual aumente nos próximos anos.