Minhas ‘férias’ acabaram e eu chego moída de cansaço. Agora é encarar o ‘novo ano’ – que começou na segunda-feira depois do Carnaval –, para buscar um afazer que esteja dentro das minhas possibilidades. Que são muitas, pode crer, meu lindinho.
Não sou somente bonita e gostosa; sou sensual, trabalhadora, inteligente e charmosa, he-he. (Eu posso rir, mas você não se atreva a duvidar dos meus atributos, da minha capacidade de conquistar. Atravesse meu caminho para ver se a sua mulher não vai ficar altamente enciumada. A mulher do meu médico é uma prova disso).
Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, Mira e Marli convidaram a mim, Gardênia, Mariele e a canadense Sarah para fazer um passeio marítimo pela Baía de Todos os Santos. Sérvulo e Joed aproveitaram a carona da gente. E partimos para a Ilha dos Frades na escuna Apolônio, que carregava mais cem turistas. A viagem é linda pois tem como pano de fundo a nossa maravilhosa Salvador. E como atendente o simpático Paulo Barman, que com aquele sorrisão conquista a todos, digo a todas ‘gatosas’ do passeio.
A temperatura morna da água da Ilha dos Frades é ‘intrauterina’ como dizia Calazans Neto ao falar do mar de Itapuã. Estava uma delícia, não dava vontade de voltar para o barco. Estou uma ‘morenaça linderésima’. Só este banho valeu o passeio. O lugar é lindo demais, é o domínio de N.S. de Guadalupe, que deve estar muito feliz com tantas visitas e tantos elogios.
Depois fomos almoçar na ilha de Itaparica, retornando para curtir outros encantos da Baía de Todos os Santos. E eu nem vou falar da emoção que era para eu descer e subir da escuna com esta dificuldade de locomoção que eu estou: vinha um monte de ‘home’ bonito para me carregar no colo, no colo, minha bonita (pode ficar com inveja) até a praia. E eu, lógico, toda charmosa, agradecia com muitos beijos. Tem coisa melhor, fio? Amei!
Passei este mês viajando pelas cidades onde tenho família. Fico sempre encantada com Vitoria da Conquista que, aqui para nós, está num desenvolvimento que me espanta a cada vez que chego lá. É incrível como a cidade progride. É prédio para todo lado, frequentemente com áreas para lazer e qualidade de vida; ruas limpas e bem cuidadas; comércio que mete inveja às outras cidades com produtos de qualidade e preços acessíveis; boas opções de restaurantes e casas de diversão e o povo atencioso e educado. Dá gosto estar lá. Eita, que sertanejo é cabra bom demais, sô.
Na próxima viagem prá lá, vou dar um abraço no prefeito Herzem Gusmão, colega radialista, que tinha um programa que era o sucesso da região. Para mim, ele está fazendo uma boa gestão, a cidade está limpa, ruas e praças sendo recuperadas, amor próprio do conquistense em alta. Só a sinalização no trânsito é que deixa a desejar (não sei qual o setor responsável). Mas isso não tira o brilho da cidade e, com certeza, logo será resolvido pelo colega, digo, pelo prefeito.
Vim para a minha região cacaueira e fiquei fazendo ‘ponte’ entre Ilhéus, Itabuna e Ibicaraí. Nasci em Ibicaraí e fui fazer o curso ginasial em Ilhéus, onde fiquei até terminar o pedagógico, o ‘curso de professora’. Época dos namoricos escondidos, dos passeios na Avenida Soares Lopes, de jogar vôlei e tênis de mesa (cheguei a ser campeã num ano), de preparação para a Vida. Fui com os irmãos e sobrinhos apreciar o Carnaval de Ilhéus.
Ficamos sentados na Praça Castro Alves, junto à casa que eu morava na Rua das Quintas. Enquanto a galera derrubava as ‘torres de chopp’, eu fui revisitar a rua da minha adolescência. Mas restavam poucas lembranças da época que lá vivi. As casas estão quase todas modificadas, viraram sobrados, pequenos prédios. Daí, fiz um pequeno cálculo e me espantei: fazem quase cinquenta anos que saí para Ibicaraí (onde fui ser secretária do ginásio) e, na sequência, vim para Salvador fazer a faculdade. Aí, finquei as raízes até hoje. Graças a Deus.
Quando fazia a coluna, liguei para a minha ‘irmãzinha’ da vida, Elíbia Portela, para nos vermos e matarmos a saudade. Ela já adiantou que, como manda o ‘figurino’ para moças finas, irá preparar uns sequilhos para nós – eu e Gessy Gesse, a outra irmã. Pedi, e Elíbia já me adiantou a receita do sequilho para que você também possa saborear, meu amorzinho, e não fique aí, babando de desejo. Todos pra cozinha, meu lindinho, e folga o cinto que o ‘trem’ é muito gostoso.
Sequilhos amanteigados de Elíbia Portela
Ingredientes
-- 200g de manteiga
-- 100g de açúcar refinado
-- 1 colher (sobremesa) de queijo ralado fino
-- 150g de farinha de trigo
-- Pedacinhos de goiabada para colocar em cima.
Modo de preparar:
- Colocar na batedeira o açúcar e a manteiga e bater até ficar um creme fofo;
- Juntar o restante dos ingredientes, misturando com uma espátula até formar uma massa enxuta;
- Enrolar pequenas bolinhas e, com o dedo, fazer uma cavidade no centro para colocar um cubinho da goiabada;
- Levar ao forno preaquecido em uma assadeira sem untar. Assar em forno aquecido a 180 graus. Depois de assados e frios, passar por açúcar fino.
Saborear com o amorzinho, colocando sequilho por sequilho na boquinha da amadinha. Vai ver como a recompensa será doce também. Xero.