A Polícia Militar do Maranhão interceptou na manhã desta terça-feira, 4, na cidade de Santa Luzia do Paruá (370 km distante da capital), um caminhão que transportava o dinheiro roubado e 12 suspeitos de praticar o assalto milionário na cidade de Bacabal no último dia 25 de outubro. Após solicitar parada e não atender o pedido, os policiais trocaram tiros com os bandidos.
O resultado foi a prisão de nove pessoas e a morte de outras três. No veículo foi encontrado armamento pesado e muito dinheiro.
De acordo com o Coronel Marques Neto, responsável pela operação, os bandidos que já foram interrogados, informaram que no caminhão havia um valor estimado em R$ 70 milhões. Porém, a quantia só será confirmada após a chegada da seguradora do Banco do Brasil, que vai fazer a contagem e o anúncio oficial do valor recuperado.
Além do dinheiro foram apreendidos dois fuzis ponto 50, onze fuzis 7.62, um fuzil 556, coletes a prova de balas e munições.
Os presos vão ser transferidos ainda nesta terça-feira para São Luís, onde ficaram detidos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Informações preliminares apontam que o caminhão foi roubado e o motorista estava sendo feito de refém pelos bandidos que estavam tentando atravessar o Estado com o dinheiro.
Os mortos foram identificados como Arthur Silva Santos, José Eduardo Zacarias Barbone e Vadenilson Moreira. Entre os que estão presos, quatro ficaram feridos.
As investigações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) apontam que o assalto milionário foi comandado por José Francisco Lumes, conhecido como Zé do Lessa, que está foragido no Uruguai.
O roubo teria envolvido 35 bandidos e subtraindo uma estimativa de R$ 100 milhões. O assalto deixou um rastro de destruição na cidade de Bacabal, onde um morador acabou morrendo.
Assanto no Rio Grande do Sul
Seis homens suspeitos de assaltarem duas agencias bancarias e uma lotérica na cidade de Ibiraiaras, na região norte do Rio Grande do Sul, foram mortos em tiroteio com policiais militares. Na ação, um criminoso foi preso e um refém morreu. Os assaltos aconteceram na tarde dessa segunda-feira, 3, de forma simultânea, no município que tem pouco mais de 7 mil habitantes.
De acordo com a Brigada Militar, os assaltantes obrigaram os reféns a fazer um cordão humano no meio da rua onde ficam os três estabelecimentos que foram assaltados. Após roubar os malotes de dinheiro, o restante do bando fugiu, levando um refém
O gerente adjunto do Banco do Brasil da cidade, identificado como Rodrigo Mocelin da Silva, de 37 anos, que estava sob o poder dos criminosos, morreu durante o confronto entre assaltantes e polícia. Silva era casado e deixa a esposa e dois filhos. Natural de Passo Fundo, o gerente trabalhava havia cerca de um mês em Ibiraiaras.
Em nota, o Banco do Brasil lamentou profundamente a morte do funcionário e informou que presta assessoria e amparo à família do gerente e aos demais funcionários da agência. A unidade do BB em Ibiraiaras permanecerá fechada pelos próximos dias.
Horas depois do assalto, a Brigada Militar apreendeu mais de R$ 100 mil em espécie e armas de grosso calibre com um dos integrantes da quadrilha. Entre as pistolas e revolveres apreendidos estavam dois fuzis, uma submetralhadora, munições e coletes à prova de balas. Durante as diligências, três veículos também foram recuperados.
As buscas a outros dois bandidos que teriam participado dos assaltos permanecem nesta terça-feira, 04, na comunidade de Pio X, em Ibiraiaras. As informações são do Comando Regional da Brigada Militar.
Megaoperação
O Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), formado por Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos), realiza na manhã desta terça-feira, 4, uma megaoperação contra integrantes de seis facções criminosas que atuam em diversas regiões do País.
Dezenas de promotores de justiça, com a ajuda de forças policiais, cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em 14 Estados e no Distrito Federal.
As operações acontecem, simultaneamente, nos Estados do Acre, Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e no DF. O Ministério Público nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul também realizam diligências e prisões.
O objetivo principal dessa atividade integrada é prender integrantes das facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP), Amigo dos Amigos (ADA), Primeiro Comando de Vitória (PCV) e Okaida RB
Ao todo, estão sendo cumpridos 262 mandados de prisão e 200 de busca e apreensão. Em Tocantins, ainda está sendo feita uma inspeção na Casa de Prisão Provisória de Palmas, com a finalidade de apreender armas, drogas, explosivos, aparelhos de comunicação móvel e cadastros de faccionados.
Em São Paulo, o Gaeco cumpre 59 mandados de prisão e dez de busca e apreensão em face de integrantes da facção criminosa PCC As ações se dão nos municípios de Americana, Arujá, Cerquilho, Guarulhos, Hortolândia, Jaboticabal, Limeira, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio das Pedras e Santa Bárbara D’Oeste, e contam com o apoio das Polícias Militar e Civil.