Dois jovens modelos foram presos no Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul da capital, tentando transportar cocaína. A prisão ocorreu no mesmo dia, domingo (11), eles foram contratados pelo mesmo aliciador, mas não se conheciam.

Para a Polícia Federal (PF), responsável pela prisão, a suspeita é que agentes de modelo estejam incentivando jovens modelos a servirem de transportes no tráfico internacional de entorpecentes. A contrapartida seria a promessa de uma carreira promissora na Europa.

A primeira prisão foi da paranaense Patrícia Aparecida Branco, de 21 anos, e ocorreu por volta das 2h da madrugada. Durante fiscalização de rotina, os policiais notaram um fundo falso na bagagem da mulher. No compartimento foi confirmada a presença de 2,8 kg de cocaína. A PF também recolheu com a mulher a quantia de 850 euros, cerca de R$ 3.570.

Em interrogatório, a mulher informou que trabalha como modelo há cerca de sete meses e que sabia que transportava cocaína para Lisboa, em Portugal. A modelo receberia R$ 8 mil pelo serviço, além de ter ganhado R$ 4,2 mil para custear as despesas. Quem propôs a viagem foi o seu agenciador, sobre o qual ela não teria dado maiores detalhes.

A segunda prisão ocorreu por volta das 5h30. Alisson de Souza Trajano, 20, também foi preso durante fiscalização de rotina. No fundo falso de sua bagagem, a polícia identificou 2,2 kg de cocaína.

O jovem contou que é do Rio Grande do Norte mas trabalha há cerca de sete meses como modelo em São Paulo. O aliciador teria dito para o rapaz que teria uma proposta de emprego assim que chegasse em Lisboa. Ele recebeu cerca de R$ 4,2 mil para as despesas da viagem. O modelo também não deu maiores detalhes sobre o agenciador.

Ao todo, foram apreendidos 5 kg de cocaína. A dupla foi atuada por tráfico internacional de entorpecente, cuja pena pode chegar a 20 anos de prisão. Patrícia e Alisson foram encaminhados para audiência de custódia e tiveram as prisões preventivas confirmadas.

Esta é a 11ª apreensão de drogas no Aeroporto Internacional do Recife em 2018. Até o momento foram 14 prisões, sendo oito mulheres e seis homens.