O Bahia empatou por 3 a 3 com o Fluminense na noite deste sábado (9 de agosto), pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A, em jogo na Arena Fonte Nova, resultado que ao tricolor baiano o 4º lugar na tabela, com 30 pontos.
Esse desempenho do time no primeiro turno confirma o bom momento vivido sob comando técnico de Rogério Ceni. Foram 8 vitórias, 6 empates e apenas 3 derrotas, com um saldo positivo de gols e aproveitamento de cerca de 52,6%.
O Fluminense saiu na frente com Germán Cano aos 8 minutos. O Bahia virou ainda no primeiro tempo com gol contra de Facundo Bernal e outro de Éverton Ribeiro. Na etapa final, Cano empatou, Nonato virou para o Flu e Luciano Juba igualou aos 43 do segundo tempo. A partida teve ainda cartão vermelho para Freytes no fim.
O Bahia controlou a posse e finalizou mais, mas o Fluminense foi eficiente para produzir três gols em oito chutes. Os escanteios indicam volume ofensivo baiano, coerente com a busca pelo empate na reta final.
Com 17 finalizações e 60,4% de posse, o Bahia precisa transformar volume em gol com melhor seleção de chute e ocupação de rebote.
Análise técnica da partida
Plano do Bahia. O Bahia assumiu a iniciativa com circulação paciente e uso frequente do lado esquerdo para progredir. Éverton Ribeiro foi o polo criativo. O time, porém, oscilou na transição defensiva, principalmente ao proteger a área nos cruzamentos que buscaram Cano.
Plano do Fluminense. O Flu armou saídas rápidas, acelerando com Keno para acionar Cano dentro da área. A equipe maximizou chances de qualidade mesmo com menor volume, convertendo duas bolas cruzadas em gols do argentino. A virada nasceu de pressão na zona central e finalização rasteira em erro de execução do Bahia na defesa.
A posse superior combinada com 17 chutes sugere método ofensivo funcional. O Bahia, contudo, precisa reduzir a exposição entre zagueiros e laterais nos cruzamentos defensivos e melhorar a primeira reação à perda no meio. O Fluminense validou uma rota ofensiva clara: atacar o espaço nas costas do lateral e buscar Cano em cruzamentos de velocidade.
Por que a posição do Bahia importa
Estar em 4º lugar no fim do turno tem efeitos esportivos e estratégicos:
Libertadores no horizonte. O G4 hoje aponta para vaga direta na fase de grupos da Copa Libertadores da próxima temporada. Manter-se ali reduz dependência de terceiros e dá previsibilidade ao planejamento de orçamento e elenco.
Pressão do pelotão. Botafogo e Mirassol aparecem logo atrás, o que aperta a margem de erro no início do returno. Classificações consultadas após a rodada mostram o Bahia com 30, seguido de blocos muito próximos logo abaixo.
O Bahia tem semana livre e volta a campo no sábado, 16 de agosto, fora de casa, contra o Corinthians, na abertura do returno. Manter a equipe no G4 depende de pontuar bem como visitante e sustentar o desempenho defensivo.