Alberto Oliveira

Só 30% dos brasileiros conseguem pagar as contas nos vencimentos

Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela o estrago feito no orçamento do brasileiro em 2017.

7 em cada dez deixaram de pagar ou pagaram com atraso pelo menos uma conta, no ano passado, principalmente cartão de crédito (39%), plano de internet (28%) e plano de celular e/ou telefone fixo (26%).

Quase metade dos brasileiros (47%) estão (ou estiveram nos últimos 12 meses) com o nome incluído em algum serviço de proteção ao crédito.

Cerca de 39% da população brasileira adulta está registrada em listas de inadimplência.

Foram entrevistados 805 consumidores acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais. A margem de erro é de no máximo 3,5 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.

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Raspando a conta
Os brasileiros voltaram a sacar recursos da caderneta de poupança.

Em janeiro, a retirada líquida (saques menos depósitos) somou R$ 5,2 bilhões, de acordo com o Banco Central (BC).

Pelo quarto ano seguido, segundo o BC, os investidores retiraram a mais do que aplicaram na caderneta de poupança em janeiro.

A saída de recursos em 2018, no entanto, foi menor que em outros anos.

A retirada líquida tinha chegado a R$ 5,52 bilhões em janeiro de 2015, R$ 12,03 bilhões em janeiro de 2016 e R$ 10,73 bilhões em janeiro de 2017.

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Verba para a saúde
A Bahia recebeu, desde o início do governo Temer, R$ 926 milhões do Governo Federal para qualificar e ampliar os serviços oferecidos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os recursos dizem respeito a investimentos na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS, serviços de média e alta complexidade e a emendas parlamentares que estavam paradas desde 2014.

O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, nesta terça-feira (6/2), durante encontro com os gestores e prefeitos no município de Salvador.

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O que falta
“A atual proposta da reforma na Previdência não é popular, nem efetiva, porque não resolve um dos problemas centrais: as vantagens fiscais. Enquanto esta parte não for atingida, não teremos uma mudança que realmente melhore o sistema. Antes de cortar direitos, é preciso rever o tratamento dado a receita.”

É o que defende o diretor da Fenafisco para Aposentados e Pensionistas, Celso Malhani. 

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Em alta
Segundo dados da PróGenéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos), com base nos indicadores do IQVIA, a indústria de genéricos fechou 2017 com crescimento de  11,78% no volume de unidades vendidas, na comparação com 2016, elevação de seis pontos percentuais acima do mercado farmacêutico total, que registrou expansão de 5,73% no ano passado.

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O que deu errado
O desemprego, a corrupção e a saúde foram os principais problemas enfrentados em 2017.

Para 2018, as prioridades são a melhoria dos serviços de saúde, o aumento do salário mínimo e o controle da inflação, informa a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Problemas e Prioridades, divulgada nesta terça-feira, 6 de fevereiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).