Em defesa do juiz federal Marcelo Bretas, após a polêmica em torno do pedido para acumular o recebimento de auxílio-moradia com a mulher, Simone Bretas - também juíza -, a Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Ajuferjes) divulgou nota em que classifica como "constante campanha para tentar desmoralizar os juízes federais brasileiros" o debate em torno do pagamento de R$ 4,3 mil no auxílio à classe, além dos salários.
O comunicado, assinado pelo presidente da Ajuferjes, juiz federal Fabrício Fernandes de Castro, aponta que o objetivo da suposta "campanha" seria não apenas extinguir um "direito", como também ferir a honra dos magistrados.
"A campanha pretende não só subtrair um direito como denegrir a honra dos que hoje mais se empenham em coibir o maior dos males da administração pública brasileira, a corrupção organizada e voraz", afirma o documento
Para a entidade, a cobertura da imprensa sobre o auxílio-moradia do casal Bretas reforça a tese de "campanha" contra a magistratura, "como se algo de imoral ou ilegal houvesse no pedido de Bretas, ou se fosse isso algum segredo a ser ocultado"
Ao manifestar o repúdio, Castro ainda indaga a quem tal campanha interessaria. "A quem trabalha contra a corrupção e pelo Estado de Direito ou aos corruptos?", pergunta o presidente da Ajuferjes, para quem o caso seria "uma tentativa de confundir os cidadãos brasileiros".