Apenas dois em cada dez (22%) dos brasileiros conseguiram guardar dinheiro em outubro de 2017.
Nas classes C, D e E, há uma proporção ainda maior de brasileiros que deixaram de poupar em outubro.
Oito em cada dez (78%) pessoas que se enquadram nessa faixa de renda não conseguiram poupar ao menos parte de seus salários. J
Já nas classes A e B, o percentual de não-poupadores diminui para 58% da amostra.
É o que revelam dados apurados pelo Indicador mensal de Reserva Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
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Os motivos para gastar tudo
Entre os brasileiros que não pouparam nenhum centavo, 48% justificam uma renda muito baixa, o que torna mais difícil ter sobras no fim de cada mês.
Outros 15% disseram não ter qualquer fonte renda e 14% foram surpreendidos por algum imprevisto financeiro.
Há ainda 13% de consumidores que disseram não ter disciplina para guardar o que recebem de salário.
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Motivos para guardar
Proteger-se contra imprevistos é o principal propósito dos brasileiros que conseguiram guardar parte da renda no mês de outubro.
Quatro em cada dez poupadores (40%) reservaram parte de seus rendimentos para lidar com uma eventual doença ou morte de alguém da família.
Em seguida, aparece a realização de um sonho de consumo (27%), o desejo de fazer uma viagem (24%), garantir um futuro melhor para a família (23%) e lidar com o risco de ficar desempregado (23%).
Há ainda entrevistados que guardam dinheiro para reformar a casa (15%) ou investir nos estudos (13%).
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Queimando as economias
Metade (50%) dos brasileiros que possuem reserva financeira tiveram de sacar parte dos seus recursos guardados no último mês de outubro.
O destino dessa quantia foi, principalmente, o pagamento de dívidas (11%), despesas extras (11%), imprevistos (11%) e pagamento de contas da casa (9%).
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Sem graça
A cada dia, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) recebe cerca de mil ligações no telefone 192, mas 30% dos chamados são trotes.
Em Salvador, de janeiro a dezembro de 2017, pouco mais de 100 mil trotes foram contabilizados, vindos de crianças e adolescentes.