Eu ainda vou tirar um tempo só para ‘correr mundo’ sem compromisso. Já combinei com as irmãs e algumas amigas, para sairmos sem destino certo, e rodarmos por este ‘mundo véi de meu Deus’, a começar pela Bahia. Ô terrinha cheia de mistério e encanto... Meu desejo é escolher uma região e viajar pelas cidades, correndo as igrejas, praias, grutas, bares, aonde der pra ir.
Aqui, na Secretaria do Turismo onde trabalho, pego os folhetos e fico passeando pelas belas localidades, apreciando as paisagens, cachoeiras, morros, matas, dunas e praias das zonas turísticas, como se lá estivesse.
Nelo Ferrari, que tem um hotel-fazenda lindo (fone 71 99982 7823) entre serras e vales em Iguaí, fica enchendo meus olhos, falando das coisas belas de lá. Diz que o município tem mais de 180 cachoeiras, mais de duas mil nascentes e rios e riachos para mais de vinte. E fica pertinho de Ibicaraí, minha terra. Eu vou conhecer já, já.
Iura, marido da minha afilhada Marseille, está na Secretaria de Turismo de Campo Formoso e vive me chamando para ir lá conhecer as grutas e os muitos atrativos da região. E me mostra as fotos. É uma região linda demais, e será meu próximo roteiro. E a cidade faz aniversário nesta sexta-feira, 28 de julho.
Quero voltar depois à Chapada Diamantina, que me encantei quando fiz um congresso em Lençóis, que foi um sucesso. Eu era a presidente do Sindicato dos Jornalistas e, após uma sondagem, descobri que pouquíssimos jornalistas conheciam a região. Consegui a hospedagem no Portal Lençóis com o meu querido amigo Marcos Pedreira, e passamos lá quatro dias maravilhosos.
Mas quero voltar lá, viajar por aquelas estradas apreciando as nuances da natureza, morros, rios, vales encantadores, rever as lindas orquídeas da região. Já até falei com Marcos Pedreira que vou articular com a diretoria do Sinjorba para levarmos os coleguinhas lá o mais breve possível. E que ele vai nos ‘convidar’ novamente para sermos seus hóspedes. Vamos marcar, viu, Marquinho?
Chapada Diamantina - Foto: Marcia Amaro/Pixabay/Creative Commons
Outro lugar que adoro e morro de saudade é Juazeiro da Bahia. Já fui lá várias vezes, em congressos e encontros, e cada vez gosto mais. Paulinho Maciel, ‘meu’ diretor sindical, sempre colocava seu irmão, Targino Gondim, para animar a galera. Targino, novinho, começava a fazer sucesso com a sanfona e era quem animava a ‘tchurma’ nas festas. Hoje, é essa autoridade na sanfona.
Lembro das traquinagens que aprontávamos no famoso ‘vaporzinho’, das viagens pelo São Francisco, especialmente de uma vez em que fomos a Sobradinho para ver a ‘eclusagem’. Eu saí impressionada: nunca esqueci a sensação estranha de estar num barco, que subia entre paredes, com a água da represa. Pena que o Velho Chico esteja sofrendo com a seca. Hoje, muitos trechos se pode atravessar a pé, com água que mal chega à cintura. Pena mesmo. E ainda têm alguns demagogos que continuam a falar em transposição das águas do Velho Chico. Pouca vergonha!
Paulo Afonso é outro lugar encantador, com cânions deslumbrantes e locais de banho fantásticos no São Francisco. Quando eu ainda lecionava, inventei de levar meus aluninhos da Facom para conhecer a região e o Raso da Catarina, considerado um dos lugares mais pobre do país. Tanto que até planejavam jogar lá o lixo atômico.
Eu fiquei conversando com o cacique da tribo Pankararé, enquanto os meninos foram com os índios conhecer a região do Raso. Aí, perguntei ao cacique o que ele achava da situação. Ele disse que o seu povo não iria aceitar ser ‘depósito do lixo’. E arrematou: “E nóis quer ser tratado com dignitude”. E dignidade é o que não faltava àquele homem e ao seu povo. Um momento da vida que nunca esqueci.
Mas enquanto não arrumo as malas vamos preparar um rango gostoso pra mudar o rumo desta prosa. Que tal esse estrogonofe de carne, que minha irmã Ana prepara e eu aprecio bastante (ela viu a receita no site http://mdemulher.abril.com.br/receitas/estrogonofe-de-carne/#).
Ponha o avental, lindinho, e vamos pra cozinha antes de viajarmos juntinhos, rostinhos coladinhos, por este mundinho de meu Deus.
Estrogonofe de carne
Ingredientes
-- 500 gramas de alcatra cortada em tirinhas
-- 1/4 xícara (chá) de manteiga
-- 1 unidade de cebola picada
-- 1 colher (sobremesa) de mostarda
-- 1 colher (sopa) de ketchup
-- 1 pitada de pimenta-do-reino
-- 1 unidade de tomate sem pele picado
-- 1 xícara (chá) de cogumelo variado escorrido
-- 1 lata de creme de leite
-- Sal a gosto
Modo de preparar
-- Derreter a manteiga e refogar a cebola até ficar transparente. Juntar a carne e temperar com o sal. Mexer até a carne dourar de todos os lados.
-- Acrescentar a mostarda, o catchup, a pimenta-do-reino e o tomate picado. Cozinhar até formar um molho espesso. Se necessário, adicionar água quente aos poucos.
-- Quando o molho estiver encorpado e a carne macia, adicionar os cogumelos e o creme de leite. Mexer por 1 minuto e retirar do fogo.
-- Servir imediatamente, acompanhado de arroz e batata palha. Dica: Se juntar água ao refogar a carne, frite-a até todo o líquido evaporar. Bom apetite!