DESATIVADO / Entrevistas / Política

"Estou à disposição de meu partido para 2018", diz Caiado

Confira entravista exclusiva à Tribuna da Bahia

Apesar de seu partido, o Democratas (DEM), ser um dos maiores patrocinadores do impeachment da presidente Dilma Rousseff e, por tabela, da ascensão de Michel Temer (PMDB) ao poder, o senador goiano Ronaldo Caiado diz reiteradas vezes em entrevista exclusiva à Tribuna que “o Democratas não faz parte do projeto político que o atual governo representa”.

Ele afirma que o DEM tem “responsabilidade de dar governabilidade a Temer”, mas pondera que esse apoio não é irrestrito. Caiado reafirma que seu nome está à disposição do DEM para disputar a Presidência da República em 2018, e diz que “assim como ACM Neto reergueu Salvador em pouco tempo”, sugere que seu partido tem condição de dar ao Brasil a resolução de seus problemas, como desemprego em taxas altas e recessão econômica profunda.

Tribuna da Bahia – Como o senhor avalia o momento atual do país. Ainda muito tenso?
Ronaldo Caiado –
 Ainda muito tenso sim. O presidente Michel Temer perdeu uma grande oportunidade ao não levar ao conhecimento da sociedade brasileira os absurdos, o desmonte e a corrupção implantada pelo PT em todas as instâncias do Estado, causando essa situação de inadimplência do país, e com isto a sociedade já começa a responsabilizá-lo por não sairmos da crise. Essa falta de capacidade de interlocução com o povo, achando que tem base majoritária no Congresso Nacional, ele está se enganando, porque realmente o Congresso não vai arcar com nenhuma mudança que o presidente da República não a assuma e não tenha condição também de ao mesmo tempo de convencer a sociedade brasileira da necessidade de elas serem aprovadas. Por isso vivemos momentos de tensão.
 
Tribuna - Como o senhor avalia o governo de Michel Temer?
 Caiado - 
Ele acertou na área econômica. Indiscutivelmente a equipe nomeada por ele é altamente qualificada. Tem sinalizado com medidas importantes e ações que têm obtido resultados para dar o mínimo de segurança na área econômica. Chegamos dentro do limite da meta de inflação. Chegamos perto do percentual ideal para nós convivermos com ela. Essa ação também de baixar a taxa de juros é algo que reanima o setor produtivo. Agora, do ponto de vista da política, nós estamos vendo uma continuidade daqueles pontos que fragilizaram a presidente Dilma Rousseff. Ou seja, denúncias sucessivas aos membros do governo e do Congresso Nacional. Isso faz com que a pauta seja alterada. Muitas vezes ela é adiada, e os problemas de ordem pessoal tomam conta da discussão. Então, nessa área o governo está falhando enormemente. O governo não soube explicar à população brasileira o Brasil que ele recebeu. Em segundo lugar, ele não mostrou austeridade nas medidas necessárias para poder pedir à sociedade brasileira também uma contrapartida. Ao buscar pessoas do ponto de vista de amizade pessoal não deixou de diminuir o cargo da presidência da República. Indiscutivelmente nessa área ele falhou naquilo que a sociedade esperava dele, mudanças mais substantivas e mais profundas.

Tribuna - A elevação no tom das críticas indica que o senhor será candidato em 2018?
Caiado - 
O partido tem demonstrado interesse em poder apresentar nomes para a disputa de 2018. Eu quero deixar claro que eu jamais me omiti em colocar o meu nome para ser apreciado pelo partido. Agora, repito que não existe candidatura de ordem pessoal. A candidatura é do partido. O partido é que tem que deliberar sobre esse assunto. Vejo o Democratas como um partido que sobreviveu a todos os ataques do Lula e da Dilma. Desde o momento nos ameaçou em praça pública que iria extirpar o Democratas da vida política nacional. Logo depois a presidente Dilma Rousseff também disse que ia extinguir o Democratas e fazer com que o partido perdesse o maior número de deputados. Com tudo isso, o partido foi coerente, manteve sua posição de cabeça erguida. Foi um momento delicado, porque num momento de mentiras você ser fiel às suas convicções e dizer a verdade não é fácil. Nós superamos esse período desse populismo corrupto e plantado pelo Lula e pela Dilma. Então, nós achamos que o partido tem mais do que credenciais morais e éticas para poder apresentar um nome e debater o momento político do país e poder disputar uma eleição para a presidência de República.
 
Tribuna - O que o motiva a entrar na disputa? O senhor acredita que o partido estará fechado em lhe dar apoio em 2018?
Caiado - 
Já tenho idade suficiente para não avançar na tese de que eu tenho o apoio do partido. Eu disse que o partido tem nomes e que me colocarei também como pretendente a disputar esse cargo para ter amanhã a condição de levar o nome do partido numa campanha eleitoral. Agora, não tenho como achar de maneira nenhuma que o partido já tem uma posição formada em relação a esse ponto. Essa é uma posição que eu colocarei aos demais pares. É um sentimento que existirá... Acredito que no máximo na segunda quinzena de fevereiro a executiva do partido vai discutir esse tema. Porque não será apenas uma discussão para presidente da República. O partido tem que saber como ele vai caminhar em 2018. Em 2018 não estaremos elegendo apenas o presidente da República. Nós estaremos elegendo os governadores, os deputados federais e estaduais e os senadores da República. O partido precisa saber qual será o nosso discurso. Uma coisa é você buscar dar governabilidade a uma estrutura que está no poder hoje. Essa estrutura não foi construída por nós. Essa estrutura foi votada junto com a chapa da Dilma. Então, o partido também tem que saber qual é o seu projeto para 2018 e não se reter a uma candidatura a presidente da República. É uma discussão muito mais ampla, atinge todos os estados e o Congresso Nacional.
 
Tribuna - Como o senhor avalia as informações de que o prefeito ACM Neto seria favorável ao apoio ao PSDB em 2018, em detrimento de uma candidatura sua?
Caiado -
 Você sabe da minha amizade, do meu relacionamento, do meu carinho pelo prefeito ACM Neto. Eu tenho a liberdade de tratá-lo como meu irmão mais novo. Pelos momentos delicados que já passamos e que nós sustentamos o Democratas. Então, eu tenho certeza absoluta de que o Neto tratará desse assunto na reunião da executiva do partido. Isso não será um assunto que terá por parte do prefeito ACM Neto uma discussão nem em roda de amigos. Ele sempre teve a independência de colocar suas ideias, sempre foi uma voz muito ouvida na reunião da executiva do partido, e as ponderações dele terão um peso ímpar. Não tenha dúvida nenhuma disso. Hoje ele está como o melhor gestor do país. Agora, essa decisão do processo de 2018 é uma decisão que diz respeito não só a presidente da República, diz respeito também aos governos dos estados. Indiscutivelmente o sentimento da população baiana é buscar o nome de ACM Neto também para que ele seja candidato ao governo. É lógico que você não vai nacionalizar uma eleição. Não é essa a ideia. Você dificilmente consegue trazer para a eleição estadual a campanha do presidente como sendo a mais importante. Mas lógico que ela tem uma influência em cada um dos estados. Tudo isso será muito bem avaliado. Nós já temos maturidade suficiente. Já disputamos várias eleições. Já somos pessoas calejadas no processo eleitoral e não vamos tomar nenhuma atitude que não seja compatível com o momento político nacional. Agora, o que o partido não pode é se diminuir diante de um momento delicado como esse. Não se cabe nessas horas a omissão. O Democratas sempre foi um partido de homens com conteúdo, preparo e coragem. A falta de coragem é que anula os homens públicos. Isso nunca faltou no Democratas. O Democratas é um partido que tem essa capacidade de pode conjugar competência com coragem. Pode ter certeza de que vai prevalecer o sentimento em prol do país e ao mesmo tempo o espírito público.
 
Tribuna - A Operação Lava Jato atingiu em cheio o ex-presidente Lula e o PT. Agora mira no PMDB. Que avaliação o senhor faz?
Caiado -
 Não cabe a mim fazer juízo de valor sobre a extensão dos fatos, até porque cada um tem que se explicar por aquilo que está denunciado e, como todos nós sabemos, o caso do ex-presidente Lula não é apenas uma denúncia, é uma ação explícita de enriquecimento ilícito, da utilização da máquina pública para favorecimento de seus familiares, toda essa prática de corrupção usando a máquina do governo, até os fundos de aposentadoria. Enfim, o governo do PT tem uma marca inédita. Assaltou da Petrobras ao bolso do aposentado. Não aliviou ninguém. Eu vejo que eles do PT e as pessoas que estão envolvidas na utilização da máquina pública para enriquecimento com valores estratosféricos, essas pessoas inevitavelmente terão uma enorme dificuldade em se eleger. Nós vimos aqui na Lavagem do Bonfim... O ex-presidente Lula veio com antecedência porque não teve coragem de ir para as ruas, de fazer aquela caminhada que indiscutivelmente é talvez um dos eventos mais emblemáticos da Bahia. Isso mostra sua incapacidade de poder conviver com uma candidatura, onde ele terá que estar presente aos eventos, tendo que dar explicações de ele com o salário de presidente da República conseguiu essa multiplicação das suas propriedades em números estratosféricos, sendo hoje uma das fortunas do país. Tudo isso joga por terra a tese do homem austero, do homem defensor do trabalhador, do homem defensor da pobreza. Acho que a máscara caiu, e o Brasil já não tem por que imaginar o retorno de um projeto que tanto atraso levou à nação.
 
Tribuna - Michel Temer já foi atingido pelas delações da Lava Jato. Ele vai conseguir terminar o próprio governo?
Caiado -
 Eu me lembro bem de um gesto que ficou marcado na mente de todos os brasileiros, quando o chefe da Casa Civil de Itamar Franco, que se chamava Henrique Hargreaves. Foi feito uma denúncia contra ele, e Itamar Franco o chamou pela amizade e pela confiança que tinha nele, e disse: ‘olha, neste momento vocês está afastado do cargo. Tão logo você explique que não tem nenhum envolvimento, vossa excelência retornará ao cargo’. E assim foi feito. Hargreaves demonstrou que não havia praticado nenhum ilícito e retornou à Casa Civil com respeito de toda a classe política e da população brasileira. Quando tem algo, uma denúncia de relevância maior, cabe ao presidente da República que não confundam seus problemas de ordem pessoal com governo. O governo não está ali para resolver problemas de quem quer que seja. O governo está ali para discutir os problemas da população. Se existisse esse mesmo comportamento, isso daria a ele essas credenciais. No momento em que não age assim, ele perde a confiança da população. Nesta hora, se ele precisa tomar medidas que são duras, austeras, e muitas vezes antipopulares, é preciso que ele pense mais no país do que em seu projeto de ordem pessoal. Estamos aí com essa antecipação do processo eleitoral e ele também pode colocar o nome dele, como todos os partidos podem colocar seus nomes. O que nós não podemos é estar adiando uma crise. Eu nunca vi em nenhuma democracia do mundo eleição tumultuar o processo democrático. Pelo contrário, você dá solidez e condições para que o governante eleito possa implantar aquilo que realmente deve ser feito na sociedade. Michel Temer não foi eleito pela chapa da presidente Dilma para promover essas mudanças. Se tem mudanças duras, como a da Previdência Social, ele dê um bom exemplo em primeiro lugar. Renuncie à aposentadoria dele e diga: ‘O momento é grave, e vou fazer contenções e vou dar um bom exemplo. Vou renunciar à minha aposentadoria. Vou conter despesas até da minha estrutura de governo’. A partir daí, ele vai criando condições para mostrar à sociedade brasileira. Do contrário, ele terá que ir para as urnas e explicar: ‘Olha, agora o jogo não é aquele que a Dilma falou, que é uma maravilha, que não vai ter inflação, que não vai ter aumento nenhum, não teremos desemprego’. Agora é o momento de a democracia ser testada mais uma vez e ter a coragem de enfrentar os temas e dizer o que vai fazer. Aquele que for eleito tem credenciais para fazê-lo.
 
Tribuna - O pacote anticorrupção sofreu mudanças na Câmara. Ele se afasta da população neste momento?
Caiado - 
Ele sofreu mudanças que foram duramente criticadas pela sociedade, chegou ao Senado, vai ser encaminhado para a comissão de constituição e justiça. Nós vamos convidar as pessoas que são pensadoras sobre democracia, república, o Estado brasileiro, que possam realmente discutir cada uma das medidas de maneira imparcial, mostrar realmente o que deve ser aprovado. Não cabeças que vão defender sua instituição. O Brasil hoje infelizmente é um país sequestrado pelas corporações. O cidadão brasileiro hoje está órfão de representatividade. O Estado hoje é sequestrado pelas corporações. Essas corporações hoje têm o poder de promover aumentos, reajustes, mudanças de cargo, de salários, e outras mudanças que não são compatíveis e que a sociedade não tem condição e muito menos esse privilégio. Agora, as medidas anticorrupção devem ser tomadas, mas que não haja de maneira alguma a prevalência de uma instituição sobre outra. Cada uma guardando suas prerrogativas e seus direitos. Assim que nós vamos iniciar o debate a partir de fevereiro.
 
Tribuna - A PEC do teto foi aprovada. O senhor acredita que ela vai realmente ajudar a tirar o país da crise ou é uma medida muito tímida?
Caiado - 
Não é uma medida tímida. Foi uma medida necessária. Indiscutivelmente a menos traumática eu se poderia tomar naquele momento. Vários outros países numa situação semelhante à do Brasil já fizeram um corte direto no salário das pessoas. O que foi feito foi a aprovação de uma emenda constitucional dizendo que a partir de agora nós teremos um reajuste a partir dos valores definidos hoje pela inflação. Aí vem uma crítica totalmente infundada. Uma coisa é você saber o que é teto e outra coisa é saber o que é piso. Os gastos do governo nós definimos com teto. A educação e a saúde nós definimos como piso. Para você ter uma ideia, foi criado no governo Lula o chamado TV Lula. Uma empresa brasileira de notícias. Isso custa ao país mais de R$600 milhões por ano. Isso custa ao país mais de 3 mil nomeações. Iguais a essa nós temos mais 40. São 41 estatais criadas pelo Lula e pela Dilma. Nós vamos dizer que nossa prioridade não é botar dinheiro nas estatais. Nossa prioridade é botar dinheiro na saúde e na educação. A emenda constitucional da limitação de gastos não foi uma pauta só do Congresso. Aqui em Salvador como em todo o Brasil a população foi para a rua para dizer: ‘Olha, nós não suportamos mais aumento dos gastos da máquina pública’. Essa é uma pauta do brasileiro que foi para as ruas. Tinha dois temas principais: primeiro, conter gastos públicos. Segundo, o combate à corrupção. Esses foram os dois piares do projeto que levou milhões de pessoas às ruas e ao impeachment da presidente da República.
 
Tribuna - Como o senhor avalia a ascensão do deputado Rodrigo Maia na Câmara? Ele vai conseguir se reeleger?
Caiado -
 Eu acredito na reeleição do deputado Rodrigo Maia. Primeiro pela sua qualificação, pela sua competência e capacidade de responder pelo cargo. Sem segundo lugar, porque isso é uma matéria que já foi decidida pelo Supremo Tribunal Federal. Já existe precedente. A reeleição é uma coisa. Agora, você assumir temporariamente não quer dizer que você exerceu na plenitude o mandato. Pelo contrário. Você teve ali uma permanência momentânea em decorrência de uma cassação do presidente da Câmara. Situação semelhante foi quando Alckmin substituiu Mário Covas e depois foi governador e foi reeleito. Ele tem mostrado capacidade de buscar apoios e construir uma chapa que deverá ser a única completa para disputar a mesa da Câmara dos Deputados.

Tribuna - O DEM é um dos principais apoiadores do governo Temer. Existe possibilidade de romper ou a aliança é sólida até 2018?
Caiado -
 Nosso partido, na minha compreensão, aí eu não falo pelo partido, porque quem fala pelo partido é o presidente do partido, eu sou senador e líder da bancada no Senado. Não sou presidente do Democratas. Mas o que eu posso dizer é que o partido foi o grande abalizador dos movimentos populares. Não vamos confundir os sinais. A população, a grande maioria da sociedade brasileira foi para a rua. Nossa responsabilidade é dar condição de governabilidade, desde que as pessoas que estejam à frente do governo não passem por situações semelhantes pelas quais passaram o governo da ex-presidente Dilma.

Tribuna - Como o senhor viu o resultado nas urnas, principalmente para o Democratas, que voltou a ganhar espaço em relação ao tamanho que tinha?
Caiado -
 É outro momento do exercício da cidadania. Hoje a sociedade brasileira está acompanhando atentamente o cenário político, discutindo todos os temas. Eu posso dizer com minha experiência que o instrumento das redes sociais hoje é algo que mudou o conhecimento da sociedade em relação à prática política do dia a dia. Hoje você vê o cidadão comum te interrogar no Facebook, no Instagram, no Twitter por que aquela regra orçamentária não foi cumprida, o que é a pedalada, opinar sobre regimento do Congresso Nacional. Eu acho que esta foi a grande mudança que nós temos hoje da prática política. Com isso, é lógico que o Democratas cresceu, e cresceu bastante.
 
Tribuna - Em contrapartida, o PT foi o maior derrotado. Ele conseguirá se reerguer?
Caiado -
 Se minha resposta fosse simplesmente para tranquilizar todos, baseado no que ocorreu em 2016, eu ia dizer: olha, realmente o Partido dos Trabalhadores não tem a menor chance de sobreviver nas próximas eleições. Não. Sou muito objetivo e muito transparente. Cada eleição é uma eleição. Não tente se vangloriar de uma eleição para a próxima. Cabe a nós sempre ter humildade e manter a sociedade informada e não decepcioná-la diante das nossas ações. Se nós não soubermos esclarecer a sociedade o que estamos fazendo de uma maneira muito didática... Nós sabemos a falta de compostura moral e ética do PT e da sua militância. Eles são totalmente descarados em relação a isso. Eles são pessoas que de repente vertem uma postura e dizem que a responsabilidade hoje do desemprego é do atual governo, e que a situação caótica do país do ponto de vista econômico também é do atual governo, e que eles entregaram o Brasil às mil maravilhas. Por aí você vê a desfaçatez de um partido populista, demagógico e corrupto. Quando você está enfrentando esse tipo de militância, você tem que se preparar o mais rápido possível. Não podemos ser herdeiros em 2018 de uma irresponsabilidade praticada pelo PT durante 13 anos, e eles tentam jogar em nosso colo aquilo que nós não temos nada com isso. Michel Temer tem errado repetidas vezes em não assumir a cadeia de rádio e televisão no mínimo uma vez por semana e falar de cada um dos temas que estão hoje levando o Brasil ao caos, ele está errando. Ele está deixando que o cidadão, influenciado por essa militância do PT, possa achar que a causa do desemprego no país seja responsabilidade do atual governo, e que as mudanças que foram feitas ou propostas ao país são mudanças para penalizar os mais humildes, sendo que eles é que assaltaram os aposentados. Veja quem nós estamos enfrentando. O PT joga o jogo rasteiro, o jogo aético, e diante desse quadro, é que o Democratas não pode ser vinculado a um processo de parceria com um governo que vem mostrando falhas na comunicação e ao mesmo tempo não vem dando sinais de medidas mais enérgicas para coibir as denúncias de corrupção.

Colaborou: Romulo Faro