Tribuna da Bahia - Como a senhora viu o resultado das urnas?
Rogéria Santos - As urnas deste ano para mim foram as urnas da consciência e do trabalho. Os vereadores eleitos têm certeza, é um sentimento que todos nutrem, aquele sentimento de que venceu aquele que mais trabalhou. O povo precisava de credibilidade, o povo precisava olhar nos olhos dos seus candidatos e acreditar que aquele candidato era o candidato que o representaria. Eu vi muito isso nas ruas, nos apertos de mão, no abraço. Tenha certeza de que chegaram lá aqueles que mais trabalharam.
Tribuna - Qual sua expectativa para o mandato?
Rogéria - Tenho já muito tempo um trabalho no âmbito social. Milito nas comunidades de Salvador e tenho observado que a cidade hoje é uma grande capital, onde temos o melhor prefeito do Brasil, que fez uma mudança sem igual, mas que também precisa se projetar o ser humano. Nós precisamos olhar mais para o ser humano.
Eu pretendo pautar meu mandato nessa pegada, na pegada de cuidar das pessoas, de cuidar do ser humano, de cuidar das demandas das pessoas, que não são poucas. Minha expectativa é a melhor possível, porque eu acredito também nos meus colegas.
São 43 pessoas que estão ali engajadas num único objetivo, que é fazer o melhor pelo povo. Acredito também no prefeito. Então, tenho certeza de que todos poderão fazer o melhor para o coletivo, para a sociedade no geral, que é o que Salvador no momento mais precisa.
Tribuna - Como a senhora avalia a gestão do prefeito ACM Neto?
Rogéria - Vejo uma gestão de responsabilidade e comprometimento. Ele procura fazer o melhor. A avaliação que eu faço dele é a melhor possível. Eu não posso discordar do Brasil. É uma gestão muito boa.
Tribuna - Qual foi o principal erro e o principal acerto do prefeito até aqui?
Rogéria - Se fôssemos colocar numa balança, seriam muito mais acertos do que erros.
Tribuna - Diante de todas as carências de Salvador, o que deve ser colocado como prioridade pelo prefeito?
Rogéria - Saúde e educação são bandeiras eternas, até que a gente consiga resolver a questão. A gente sabe que são duas tendências muito latentes em Salvador. São duas coisas que incomodam muito a gente. Neto fez esse trabalho com muita lucidez e vai continuar fazendo. Tenho certeza de que ele vai continuar trabalhando nisso.
Tribuna - Com as mudanças na legislação eleitoral neste ano, como foi sua campanha, sobretudo no quesito arrecadação?
Rogéria - Não posso dizer que tive problema, porque eu fui habituada a lutar e trabalhar. Eu não tinha dinheiro. Se você for olhar no site do TRE, você vai verificar que eu obtive de doações em torno de R$7.700.
Eu tive doações de R$20 de pessoas amigas, pessoas que militam comigo dentro das comunidades. São pessoas que acreditam no meu caráter. Fora isso, eu tive doações do partido. Minha campanha, contando doações do partido e doações em espécie, deu em torno de R$18 mil. Sinceramente foi uma campanha tranquila, e foi muito bom ver que as pessoas confiam em você. Se ela doou R$20, ela doou porque confiou em você.
Ela acredita no meu caráter. Fez falta o dinheiro? Sinceramente, não, porque eu gosto de estar ao lado do meu povo. Para mim, tanto faz como tanto fez, ter mais ou menos dinheiro. O que valeu mesmo foi estar ali do lado do povo, ouvindo as necessidades do povo, falando com o povo das minhas propostas. O resultado veio.
Tinha candidatos com paredões fazendo carro de som, e eu só tinha condição de contratar um carro de som quando faltavam 15 dias para acabar a campanha. Muitos desses nem foram eleitos, e outros foram eleitos com uma votação bem inferior à minha. A questão financeira influenciou para alguns. Mas para aquele que é de trabalho não fez tanta diferença.
Tribuna - Como a senhora vê o processo de antecipação para escolha do próximo presidente da Câmara?
Rogéria - Todo processo eleitoral sempre vai ser assim, sempre vai ser norteado por muita correria. Todo mundo na verdade quer participar. Todos querem pleitear, mas eu acredito que ainda está um pouco cedo. Acho que vai estar ali aquele que for melhor para o conjunto.