No exercício do mandato há 19 meses, o vereador Everaldo Lopes dos Santos, o Beca, é um dos mais entusiasmados entre os vereadores que defendem o prefeito ACM Neto: “Neto é o rei dos pobres. Essa é a avaliação que eu faço do nosso prefeito”, disse ele em entrevista à Tribuna pela série Papo Rápido.
Convicto de que ACM Neto será reeleito, Beca afirma que “nos próximos quatro anos de Neto as prioridades serão educação, saúde e geração de empregos”. O parlamentar faz boa avaliação da atual legislatura da Câmara Municipal, e destaca seu trabalho nos bairros Sete de Abril, Luiz Anselmo e Cosme de Farias. Na contramão da maioria dos políticos brasileiros, Beca está “tranquilo” com a proibição de doação de recursos por parte de empresários para as campanhas em todo o país. “Isso é muito bom. Essa eleição só vai ganhar quem tem trabalho nas comunidades”. Confira a entrevista abaixo.
Tribuna da Bahia – Como o senhor avalia a atual legislatura da Câmara Municipal de Salvador?
Beca – Eu avalio de forma muito positiva. A Câmara Municipal está de parabéns. Parabenizo a todos os vereadores dessa legislatura, sob a liderança do presidente Paulo Câmara, que estão trabalhando pelo bem da cidade.
Tribuna - Como o senhor avalia seu próprio mandato? O que pode ser destacado em benefício da população?
Beca - Eu só tenho um ano e sete meses como vereador. Eu era suplente e assumi o lugar de Alan Castro, que se tornou deputado. Nesse tempo eu trabalhei muito em Salvador. Levamos diversas ações de saúde para Luiz Anselmo e Cosme de Farias. Levamos infraestrutura e iluminação para as ruas, creches. Indicamos também reforma de colégio municipal. A gente fez muito trabalho. Eu atuo muito também na região de Sete de Abril, levei posto médico para Sete de Abril. Em Lobato também, levamos muitas obras para lá. Esses são os lugares onde eu mais atuo.
Tribuna - E o que o senhor tem de projeto legislativo apresentado na Câmara?
Beca - Além do trabalho realizado junto às comunidades, demos entrada em projetos de Lei, como o que obriga as instituições financeiras a informarem sobre os descontos previstos em lei na antecipação do pagamento de dívidas. A intenção é proteger e relembrar os direitos dos consumidores. Tem ainda um projeto de Lei que determina a fixação em ônibus, repartições públicas, postos de saúde, hospitais e bancos, a frase: “desrespeitar, negligenciar ou prejudicar idoso é crime”.
Apresentamos também um projeto que cria o Dia Municipal de Atenção à Dislexia, a ser lembrado no dia 16 de novembro. Precisamos difundir e conscientizar a sociedade mostrando a importância do diagnóstico e tratamentos precoces.
Tribuna - Como o senhor avalia a gestão do prefeito ACM Neto?
Beca - Neto é o rei dos pobres. O prefeito que mais trabalhou pelo povo pobre de Salvador foi ACM Neto. Luiz Anselmo tinha um canal aberto há mais de 20 anos, e ele fez a obra para cobrir esse canal. Tem o programa Morar Melhor. São muitas ruas asfaltadas e iluminadas. Nunca vi um prefeito trabalhar tanto numa favela quanto ACM Neto. É o prefeito que mais trabalhou por Salvador. Eu qualifico Neto como o melhor prefeito da história de Salvador.
Tribuna - O que o senhor coloca como principal erro e o principal acerto do governo dele?
Beca – O prefeito pegou uma cidade muito acabada. Ele trabalhou muito pela educação. Foram feitos mais colégios, mais creches. A saúde também melhorou muito. Onde eu moro, por exemplo, passou 20 anos sem um posto de saúde, e agora Neto construiu um. Claro que tem que melhorar muito ainda, mas, para mim, as três principais ações nesse governo foram educação, saúde e infraestrutura. A cidade estava toda acabada, e o prefeito asfaltou toda a Salvador.
Tribuna - Diante das carências da cidade, o que o senhor aponta como prioridade para o próximo prefeito?
Beca - Neto trabalhou muito por escadarias e encostas, mas eu acho que a prioridade para Salvador ainda são duas coisas: educação e saúde. É preciso também gerar emprego para a comunidade. O povo está desempregado. Gerar emprego, educação e saúde são as prioridades para os próximos quatro anos de ACM Neto.
Tribuna - Como está sendo a campanha com essas mudanças na legislação eleitoral, sobretudo no quesito arrecadação?
Beca - Eu nunca arrecadei nada. Não tenho do que me queixar. Já fui candidato duas vezes e nunca arrecadei nada. Então, estou tranquilo. Sempre fiz política com os pés no chão, sem dinheiro. Não estou preocupado com arrecadação, porque nunca recebi um centavo de ninguém. Eu vim como líder comunitário, para mim é ótimo o jeito como está aí agora, porque essa eleição vai ganhar quem tem trabalho dentro da comunidade. Estou tranquilo. Não que eu tenha dinheiro. Eu não tenho. Mas nunca recebi nada de ninguém.
Tribuna - A crise nacional está impactando nas eleições de Salvador?
Beca - Com certeza. O Brasil hoje está numa situação muito difícil. Essa crise realmente complicou a situação. O povo está desempregado, passando fome. Com certeza essa crise vai impactar muito na eleição. Esses próximos quatro anos serão muito difíceis para Salvador e para a Bahia. Vai demorar muito para o Brasil sair dessa situação. Essa crise deixou o país desarrumado.