Os indicadores da economia que chegam às mesas dos analistas nesta segunda-feira (30/11), primeiro dia útil após a "black friday", são depressivos.
A taxa média de juros básicos prevista para 2016 está maior, passando de 13,75% para 14,13%; a inflação, medida pelo IPCA-Índice de Preços ao Consumidor Ampliado, seria de 10,33% ao final do ano que vem, de acordo com as projeções, mas agora os analistas cravam em 10,38; espera-se um encolhimento de 3,19% na economia, contra uma previsão anterior de 3,15% de queda.
Uma ameaça paira sobre a cabeça do governo: a de descumprimento da lei de responsabilidade fiscal. Foi prometido um superávit de R$ 30 bilhões para 2015 e nem com reza brava se conseguirá escapar de um déficit próximo a R$ 100 bilhões.
O líder do governo, o senador petista Delcídio do Amaral está preso, acusado de obstrução da Justiça, um de seus maiores banqueiros também encontra-se na cadeia, pelo mesmo motivo.
E, para piorar, analistas da agência de riscos Standard & Poor's desembarcam no Brasil para ver de perto todo esse salseiro, ampliando a chance de recebermos a segunda redução na nota do País, o que provocará uma debandada dos investimentos.
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Reprovados em finanças
Cresceu mais de 22%, este ano, o número de estudantes de nível superior com mensalidades em atraso, de acordo com dados da Serasa Experian.
Interrompe-se uma tendência de queda que já durava 5 anos.
Os universitários foram atingidos em pleno voo pelas mudanças no programa de financiamento estudantil, o Fies.
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Fim da esperança
Termina o mês de novembro e, com ele, vão-se as esperanças de um aumento nas contratações de empregados temporários para o Natal 2015.
Números da Employer, agência de Trabalho Temporário com representatividade em 36 cidades em todo o Brasil, revelam, ao contrário, uma queda de 37%.