Alberto Oliveira

Ele era traficante, presidente Dilma!

Alberto Oliveira

20 mil brasileiros morrem por ano em decorrência do consumo ou do tráfico de drogas.

Há, no país, cerca de 900 mil usuários, segundo relato da Organização das Nações Unidas.

Jovens são dizimados, famílias destruídas.

Não se pode ter complacência com traficantes de drogas. Ponto final.

Embora eu seja fundamentalmente contrário à pena de morte – muito por desconfiar da Justiça – é injustificável o drama feito pela presidente Dilma Rousseff no caso do brasileiro fuzilado pelo governo da Indonésia.

Ele foi apanhado com 13 quilos de cocaína e nunca negou isso. "Sou traficante, traficante e traficante, só traficante", disse, em 2005. Era mesmo um traficante. Iria vender a droga, ajudar a destruir famílias, a dizimar jovens.

E sabia muito bem os riscos que corria, morou naquele país por 15 anos, falava o idioma local.

Que sinal está passando Dilma Rousseff? Criar um incidente diplomático por causa da morte de um traficante poderia ser, apenas ridículo, mas é uma atitude perigosa.

Muitos brasileiros podem entender – e tem o direito de entender – que o governo brasileiro é complacente com esse tipo de crime, desde que cometido fora de suas fronteiras.

Menos, presidente. Menos.

P.S.: Assim como a senhora falou "como mãe", eu escrevo "como pai". Que não gostaria de ter um de seus filhos dependente de drogas.

E quem acha que se tratava de um "bom moço" precisa ler o relato do repórter Renan Antunes de Oliveira, que o entrevistou.