Alberto Oliveira

O Brasil votou em Dilma Rousseff e elegeu Aécio Neves

Alberto Oliveira

Se eleito, Aécio Neves aumentaria os juros, elevaria os preços dos combustíveis, impediria a queda de impostos, colocaria um representante dos banqueiros para gerir a economia, e em prática um plano que privilegiaria a redução de gastos, os cortes nos investimentos públicos, etc.

Toda essa catilinária fazia parte do discurso da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição.

Reelegeu-se. E fez tudo o que condenara.

Errou ao adotar essas medidas? Estou convencido de que agiu sensatamente.

Mas, convenhamos, seus eleitores têm todos os motivos do mundo para estarem se sentindo com cara de tacho.

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Ciclovias desertas
A Prefeitura de Salvador está ampliando o número de ciclofaixas, espaço nas vias públicas destinado ao tráfego de bicicletas e motos.

Uma dessas se encontra na Avenida Magalhães Neto. Novinha, com uma faixa vermelha delimitando-a.

Falta, agora, explicar aos motoqueiros para que servem. Elas continuam desertas, abandonadas, enquanto as motos ziguezagueam no tráfego.

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O custo da irresponsabilidade
Quem pegou a estrada nesse Natal deve ter testemunhado motoristas ultrapassando em faixa contínua, em lombadas, pelo acostamento, etc.

São atitudes mais do que irresponsáveis: são criminosas.

O custo é pesado, para o País: cerca de R$ 40 bilhões por ano, com as perdas de vida, internações e reabilitações. 

A fiscalização nas rodovias é precária, ampliando a sensação de impunidade.

E a legislação é um incentivo à imprudência.

O pior de tudo é que há pouca ou nenhuma esperança de que alguma coisa mude no curto prazo.

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O tamanho da pizza
No Brasil, Comissões Parlamentares de Inquérito costumam acabar em pizza.

A expressão vem de um mercado que já movimenta R$ 8,5 bilhões por ano, segundo dados da Associação Pizzarias Unidas, com sede em São Paulo, estado que abriga 11 mil pizzarias.