O eleitor brasileiro corre o risco de escolher uma mentira, nas eleições presidenciais deste ano, ou várias delas, empacotadas pelos marqueteiros.
A decência foi excluída de boa parte das campanhas. Prefere-se repetir à exaustão uma mentira - mesmo quando é desmascarada - na certeza de que acabará sendo tomada por verdade.
É uma tática desenvolvida pelo nazista Joseph Goebbels, segundo o qual "uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade".
Nos dois debates protagonizados por Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) privilegiou-se o confronto de acusações pessoais - em vez do de ideias e projetos para o País.
Há poucas esperanças de que o cenário mude, nos dois últimos.
Os marqueteiros mentem, conscientes da mentira; inventam, certos da invenção; distorcem fatos, confiantes em que os eleitores colocam o coração à frente da razão.
Estão pouco preocupados se isso lhes enlameia a biografia. Querem a vitória a qualquer preço; são pregadores do mantra "os fins justificam os meios".
Por causa disso tudo, nunca antes na história política deste país se mentiu tanto e tão deslavadamente.
'É mentira! Mentira! Isso é mentira!". Tem sido essa, infelizmente, a "música de fundo" dos debates.
Parecem a um passo do dedo no olho; do chute nas canelas, por baixo da mesa; do pescoção.
Temos, portanto que escolher entre quem bate mais? Estamos, então, com os candidatos errados.
Retirem-se os dois e coloquemos no lugar os lutadores de MMA Júnior Cigano e Vitor Belfort.
Ao menos se estapearão decentemente.