Com as altas temperaturas do verão brasileiro, muita gente queria ter uma piscina dentro de casa para se refrescar à vontade nestes dias tão quentes.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes e Construtores de Piscinas e Produtos Afins (Anapp), esta vontade se revela em números, já que o setor cresce em torno de 6% ao ano.
Mas ter uma piscina para chamar de sua não é tão simples. Apesar da grande oferta do mercado, é preciso analisar o modelo mais indicado de acordo com o tipo de terreno, a durabilidade, a limpeza e manutenção exigidas e, claro, o custo.
Mesmo tendo pouco espaço, é possível ter uma piscina em casa, segundo o arquiteto Rodrigo Costa, do Studio Costa Marques (SP). Ele explica que a partir de 4 m x 2,5 m já é possível elaborar um projeto.
“O que precisa é avaliar o tipo de piscina que o local permite e executar um cálculo estrutural bem feito, para evitar trincas e outros problemas futuros”, diz.
Ele também afirma que a fase de planejamento é essencial para prever todos os acessórios que serão necessários, como por exemplo iluminação e sistema de som subaquático, para não ter de mexer na piscina depois que já estiver pronta.
De acordo com o engenheiro químico Nilson Maierá, autor do livro “Piscinas Litro a Litro” (Esedra, 2009), existem basicamente quatro tipos de piscina: de concreto – também conhecida como de azulejo –, de alvenaria, de vinil e de fibra de vidro, cada uma delas com suas particularidades, vantagens e desvantagens.
Com relação ao custo, tudo vai depender do modelo, do tamanho escolhido e dos equipamentos a serem instalados, como filtros e sistemas de aquecimento, entre outros itens.
As piscinas de concreto, por exemplo, são as preferidas dos arquitetos, pois permitem ser projetadas em qualquer formato, tamanho e acabamento, podendo ter hidromassagem ou borda infinita.
No entanto, este modelo é o mais caro e o que demanda maior tempo de construção, embora tenha uma vida útil mais longa, segundo o engenheiro.
As piscinas de vinil são outra opção versátil, pois também permitem modulações e variações de tamanho, com bom custo-benefício, embora não tenham a mesma durabilidade das de concreto.
Já os modelos de fibra vêm em formatos pré-fabricados, o que não possibilita projetos mais elaborados. Apesar disso, contam com a vantagem de terem uma instalação bastante rápida e de serem menos onerosas. “Com cerca de R$ 10 mil é possível ter uma piscina em casa”, avalia o engenheiro Nilson Maierá.
Para quem não pode investir muito, outra alternativa para se refrescar nestes dias quentes são as piscinas de médio porte, portáteis, com altura de cerca de 80 cm.
Estruturadas com material metálico, PVC e poliéster, alguns modelos chegam a ter capacidade de 10 mil litros e tem até mesmo escadinha e sistema de filtragem móvel, ao custo médio de R$ 1 mil. Basta ter um espaço livre e boa vontade para montá-las.
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