Com a vitória por pênaltis da Holanda sobre a Costa Rica, no sábado, pelas quartas de final da 20ª Copa do Mundo, chegou ao fim a participação da Arena Fonte Nova no Mundial. O estádio baiano foi abençoado por deuses e orixás durante toda a competição da FIFA, viu ótimos públicos, muitos gols e apenas alguns poucos problemas que atrapalharam os torcedores.
Foram tantas bolas na rede no campo de Salvador que o estádio passou a ser conhecido como “Fonte dos Gols”. Só na primeira fase, foram 21 em quatro jogos, uma incrível média de 5,25 gols/partida - o segundo estádio neste quesito foi o Beira-Rio, com 21 gols em cinco jogos (média de 4,2).
Além disso, alguns dos melhores jogos da fase de classificação do Mundial no Brasil aconteceram na Arena Fonte Nova: Espanha 1 x 5 Holanda, Alemanha 4 x 0 Portugal e Suíça 2 x 5 França - Bósnia 3 x 1 Irã foi a exceção.
Nos mata-mata, a média de tentos não foi mantida, mas os jogos seguiram emocionantes, e os públicos, ótimos: em quatro dos seis duelos disputados na Fonte Nova, houve mais de 50 mil torcedores. No total, pouco mais de 300 mil pessoas passaram pela arena durante a Copa. O gramado da arena também resistiu bravamente aos seis jogos lá realizados. Não houve grandes reclamações sobre o “tapete” do estádio, apesar de, já nas partidas finais, a FIFA ter transferido os treinos das seleções para Pituaçu e Barradão.
Na pesquisa realizada pelo UOL, a Fonte Nova teve a melhor nota entre todos os estádios da Copa: 9,2. Para comparação, a Arena Corinthians, eleita a pior, teve 7,6 de nota. O único incidente a se lamentar durante os jogos foi a invasão de campo do italiano Mario Ferri, no confronto entre Bélgica e Estados Unidos, pelas oitavas. Ele entrou no estádio como falso cadeirante e pulou no gramado aos 16 do primeiro tempo. Acabou detido por estelionato e foi “convidado a se retirar” do Brasil pela Polícia Federal.
Agora, a Fonte Nova voltará a ser usada pelo Bahia nos jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. O próximo confronto marcado para o estádio será no dia 16 de julho, entre o “Esquadrão de Aço” e o São Paulo, pela 10ª rodada do Brasileirão.
Público
Além da “chuva” de gols, o torcedor de todos os cantos do mundo, que veio a Salvador para a Copa do Mundo, teve a oportunidade de participar e de vivenciar a alegria do povo baiano que proporcionou bonitas festas nas arquibancadas da Arena Fonte Nova. Foram mais de 300 mil pessoas que compareceram e se integraram à essa festa da Bahia nos seis jogos disputados pelo Mundial FIFA.
Não foi apenas a “Fonte dos Gols”, mas também a Arena dos grandes públicos neste Mundial, com a média de torcedores no estádio baiano por jogo foi de pouco mais de 50 mil pessoas, sendo o maior público registrado no duelo entre Bélgica x Estados Unidos pelas oitavas de final. Ao todo 51mil e 277 pagantes estiveram na Fonte Nova, acompanhando o triunfo dos belgas por 2 a 1.
Confira todos os públicos da Arena Fonte Nova na Copa do Mundo: Espanha 1 x 5 Holanda: 48.173 torcedores; Alemanha 4 x 0 Portugal: 51.081 torcedores; Suíça 2 x 5 França: 51.003 torcedores; Bósnia 3 x 1 Irã: 48.011 torcedores; Bélgica 2 x 1 Estados Unidos: 51.227 torcedores; Holanda (4) 0 x 0 (3) Costa Rica: 51.179 torcedores.
Assistiram à disputa pela vaga na semifinal baianos e turistas de várias partes do Brasil e do Mundo, além dos torcedores holandeses e porta-riquenhos. A carioca Dolores Massa destacou a estrutura para a Copa na Bahia considerada por ela muito bem preparada. “Me senti segura. O transporte também está de parabéns”.
Veterano em Copas do Mundo, o baiano Marcel Gomes não poupou elogios à realização e organização do evento na capital. “A Arena Fonte Nova ficou muito boa, pronta para receber grandes jogos como Holanda e Espanha, Alemanha e Portugal, e agora a Holanda novamente” disse o soteropolitano, que também assistiu a jogos da Copa na África do Sul, em 2010.