O secretário municipal da Casa Civil, Alberico Mascarenhas, fala sobre o fechamento do ano na gestão ACM Neto, do reordenamento das linhas de ônibus que circulam em Salvador, nega atrasos no Projeto Orla e diz que até dia 30 será anunciado o projeto do novo Aeroclube.

Tribuna da Bahia – O que há de novidade do Aeroclube? Quando o projeto será apresentado e quando aquela região da cidade será modificada?
Mascarenhas – Acho que  já aconteceram as conversas necessárias com o Ministério Público e as exigências do MP foram atendidas, de modo geral. Agora os empresários estão analisando a conta do aditivo apresentado a eles, que também foi discutido pelo Ministério Público. Espero que até o final do ano esse assunto seja resolvido e o prefeito, junto com os empresários, apresente algo.

Tribuna – De que se trata esse aditivo?
Mascarenhas - É o novo contrato, com a prorrogação dos prazos, e com as garantias que o município havia exigido e o MP reforçou. São garantias da construção, dos pagamentos futuros, do que é devido ao município, como contrapartida. Será um Parque Atlântico, belíssimo, com paisagismo e 80 mil metros quadrados que vai servir para toda a população. Será um parque aberto, com mais uma pista de baixa velocidade que vai passar em frente ao mar. Quem vier pela orla vai poder comtemplar o que há logo à frente.

Tribuna – Existe um gargalo no Centro de Convenções que pode ser retirado com a construção da Estrada do Curralinho pelo Governo do Estado. Como a prefeitura está dialogando com o governo para viabilizar aquele cruzamento com o Stiep?
Mascarenhas – Nós já conversamos com o governo do Estado. Ele vai fazer somente o acesso e nós, através da Secretaria de Infraestrutura e da Fundação Mário Leal Ferreira, estamos estudando a complementação do projeto. De um lado seguindo até o Centro de Convenções, melhorando a pista e a acessibilidade, e por baixo saindo do Imbuí, perto do Conjunto Marback. Esses serviços serão complementados pela prefeitura

Tribuna – O Projeto Orla. O ritmo está dentro do esperado ou o senhor acredita que está lento, dentro do que a cidade espera?
Mascarenhas – Não é que estejam lentos, mas esses projetos da Orla são muito complexos. Você pode ver pela Ribeira. O projeto original não tinha terramento da fiação e nós resolvemos fazer isso, o que gerou atraso. As outras licitações já estão em curso e até o final do ano o prefeito dará ordem de serviço em São Tomé de Paripe, e em Tubarão, que a licitação está em andamento e deve ser concluída no início de janeiro. Em Itapuã e Jardim de Alah já estamos com os projetos prontos e o edital sendo preparado. Temos todo cuidado com editais. No Rio Vermelho, por exemplo, descobrimos que temos que substituir toda a rede de esgoto, pois é muito antiga e tem dado problema com frequência. Os projetos estão sendo concluídos e a gente entra na fase de licitação. Até o final do ano que vem, provavelmente, teremos mudado a Orla toda.

Tribuna – A licitação dos ônibus. Quando a população vai sentir a mudança do modal sobre rodas?
Mascarenhas – Olha, acho que a população já sentiu muitas mudanças com o Domingo é Meia e o Bilhete Único. A diferença de preço de uma família que vai à praia hoje e pega dois ônibus é muito grande. Se antes você pagava uma passagem inteira e ainda pegasse dois ônibus, pagava duas passagens inteiras, hoje você paga meia e se pegar dois ônibus também só paga meia. A partir da próxima semana, alguns redesenhos de linha estaremos fazendo, o secretário Aleluia está comandando isso. Nós esperamos até maio, quando concluirmos a licitação, renovação da frota e, gradativamente, substituição das linhas em quantidade maior e já com os novos concessionários.

Tribuna- O ano de 2013 atingiu as metas ou ainda falta muito a cumprir?
Mascarenhas – Nós temos um planejamento estratégico muito bem estruturado e definido nos quatro anos de governo. A meta principal deste ano era a arrumação da casa. Isso foi feito, atingimos nosso objetivo e a gente já consegue dar uma velocidade maior às coisas. Resolvemos o problema do calque, a prefeitura já está dimplente, temos capacidade de dividamento, temos projetos sendo licitados, executados e, com certeza, 2014 terá uma velocidade muito maior na execução desses projetos.