O cidadão chega ao Aeroporto de Salvador e tem a má ideia de tomar um suco. Vira-se e dá de frente com uma loja de nome sugestivo: Tabuleiro.
Pede um suco de laranja. Vem a conta. E ele quase compra a passagem de volta.
- R$ 10,50, diz a atendente.
- Mas foi só um suco... (por instantes ele temeu que ela tivesse entendido "um saco" de laranjas).
Sim, porque em uma feira livre, esse é o valor que se cobra por um cento da fruta.
Mas era mesmo o preço do suco.
Não é um bom motivo para o turista dar meia volta do aeroporto mesmo?
Depois a gente fica se perguntando como se explica termos as belezas naturais que possuímos, a magia toda em torno da Bahia, e recebermos por ano uma quantidade pífia de turistas.
Muito se deve porque atendemos mal (pessimamente, na verdade) e, ainda por cima, cobramos como se cada turista fosse um idiota endinheirado que só tivesse como opção na vida conhecer a Bahia.
A Baía de Todos os Santos é infinitamente mais bonita do que Cancun, mas vive às moscas, se compararmos com o destino mexicano. É por essas e outras.