Fundado em 1918, o Museu de Arte da Bahia (MAB) é considerado o mais antigo museu da cidade e ganha destaque pelas pinturas de mestres da arte sacra baiana, datadas dos séculos 18 e 19, como José Joaquim da Rocha e seu discípulo, José Theófilo. Situado no Corredor da Vitória, o museu oferece também múltiplas atividades culturais, como exposições temporárias, cursos, ciclos de conferências, recitais de música e exibição de filmes de arte.
“Os museus não são avaliados apenas pelo lado quantitativo porque, inclusive, o número de público é questionável, mas sim pelo qualitativo, ou seja, pela importância dos acervos, programações culturais, exposições, temporárias e publicações, disse Sylvia Athayde, diretora do MAB. O Museu teve a sua primeira sede no Campo Grande, no Solar Pacífico Pereira (onde hoje se encontra o Teatro Castro Alves), tendo aí permanecido de1931 a 1946.
Após a compra, em 1943, do Palacete da família Góes Calmon, juntamente com as suas coleções, o museu do Estado passou a ter um novo perfil, conferido pelo Prof. José Valadares – seu 1º Diretor –, que esteve à frente da instituição de1939 a 1959, quando a projetou em âmbito nacional. Em novembro de 1982, o museu foi transferido para o Palacete da Vitória (antiga sede da Secretaria de Educação), dispondo de amplos espaços para abrigar exposições permanentes e temporárias.
O seu acervo é constituído por duas grandes coleções: artes plásticas (pintura e escultura) e artes decorativas, destacando-se peças notáveis do mobiliário baiano, o conjunto de porcelanas orientais e europeias – onde se inclui a coleção de louça histórica brasileira, além de cristais, ourivesarias e outras alfaias.
O Museu de Arte da Bahia apresenta instalações adequadas à exposição e valorização do seu acervo, distribuído nesses dois diferentes percursos: Pintura Baiana e Artes Decorativas, do século XVIII a meados do século XX. O espaço dispõe também de um Serviço educativo para atender às escolas e ao público em geral e organiza visitas programadas com agendamento prévio. Outro destaque é a biblioteca especializada em artes plásticas com temas direcionados à História da Arte, Estética e Museologia.
Atualmente, o museu está com a exposição Iconografia, que reúne 20 telas de renomados pintores estrangeiros e brasileiros dos séculos XVIII e XIX, selecionadas do acervo do museu e voltadas para assuntos como mitologia, alegoria, naturezas mortas e temas religiosos. Os textos explicativos de cunho didático, que ilustram cada obra, pretendem ajudar a interpretação da imagem e uma melhor compreensão do observador.
A exposição está aberta ao público durante todo o mês de setembro, no horário de funcionamento do MAB.