A Polícia Federal está no caso, mas até agora o máximo que conseguiu foi dizer que o boato de extinção do Bolsa Família se espalhou a partir de uma empresa de telemarketing. Que empresa?
Tenho uma sugestão para a PF: que tal começar investigando a Caixa Econômica? Senão vejamos: passa pela cabeça de alguém com um mínimo de seriedade, que o setor operacional (o terceiro escalão da Caixa) resolva liberar os recursos do Bolsa Família de uma vez só e não de forma escalonada, como era praxe, e tudo isso sem consultar o presidente da instituição? Pois o petista Jorge Hereda, que preside a Caixa, foi para a TV dizer que não sabia de nada (igualzinho a Lula com o mensalão).
A ministra do Desenvolvimento Social, a quem ele está ligado, Tereza Campello, também de nada sabia. Nem mesmo o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa Econômica, José Urbano Duarte.
Este fez o pior papel: saiu espalhando mentiras. Jurou que a antecipação do pagamento ocorrera no sábado, depois que o boato se espalhara. Apanhado com as calças na mão, mudou o rumo da prosa: disse que estava mal informado. E como é que um vice-presidente da Caixa sai dizendo o que não sabe?
Agora o presidente Hereda pede desculpas à população. É pouco. O que se viu na Caixa foi, na melhor (e bote melhor, nisso) das hipóteses, um festival de incompetência na área da comunicação. Ou... tem muito caroço embaixo desse angu. Cabe à Polícia Federal, instituição que conta com uma boa imagem perante a população brasileira, remexer esse angu de caroço (de preferência sem sujar os dedos).