O governo brasileiro quer trazer de Cuba 6 mil médicos, para atendimento nos grotões do Brasil. Para os cubanos, é o sétimo céu. Lá, na Ilha de Fidel, ganham 50 dólares por mês (cerca de R$ 100); aqui, ficarão felicíssimos com 2 mil reais, ressalta o jornalista Tony Pacheco, em artigo publicado no blog Os Inimigos do Rei.

É uma montanha de dinheiro, para eles; uma porcariazinha, para os profissionais brasileiros, que só querem trabalhar nos grandes centros, onde podem cobrar R$ 600 por consulta de meia hora.

A classe médica brasileira vai reclamar barbaridade. Mas, quem irá para os grotões do Brasil, atender a população carente?

Os cubanos estarão ocupando uma lacuna deixada pelos brasileiros. Se não querem ir para lá, não reclamem de quem se dispõe a tratar do povo pobre.

Mas há uma questão séria: os médicos cubanos serão avaliados, antes? Deveriam ser. Aliás, toda profissão deveria exigir, para sua prática, uma prova nos moldes da promovida pela OAB-Ordem dos Advogados do Brasil.

Já imaginou se os médicos precisassem fazer uma prova daquelas? Não tenho dúvidas: quase nenhum deles seria aprovado. A quantidade de processos por erro médico cairia muitíssimo. E muita gente que está hoje sepultadinha da silva, ainda estaria por aí, flanando, pronta para morrer de tédio vendo um BA-VI.