Há uma frase que costuma deixar meus amigos economistas furiosos, e que é a seguinte: “Economista é como Cristóvão Colombo: quando sai, não sabe para onde está indo; quando chega, não sabe onde chegou”.
Pois é: a economia é uma ciência que nem de longe possui a exatidão da matemática, onde tudo é certo, como dois e dois são cinco (ou não, como diz Caetano Veloso).
Esse ir sem saber para onde é o que parece estar agora acometendo a área econômica do governo Dilma.
Desonerações aos pedaços, sem um plano definido de reforma tributária é coisa de quem está tonto com os indicadores negativos, caso do pibinho de dona Dilma ou da inflação que ameaça passar do trote ao galope.
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Pra que tirar o posto agora?
Estou aqui procurando uma resposta decente, mas está difícil encontrar.
Se o metrô vai rodar na Paralela sabe-se lá daqui a quantos anos, se os viadutos agora anunciados para a região do Imbuí são obras para 2016, que motivos há para a saída, a toque de caixa, do Posto 1 da Avenida Paralela?
“Não somos contra o desenvolvimento, muito pelo contrário; só não concordamos em entregar uma unidade produtiva que emprega 151 pessoas para virar canteiro de obras sem necessidade”, argumentam os proprietários do posto.
Eles tem consciência de que vão sair, "mas não precisa ser agora”, dizem.
Faz sentido.
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Luz, quero luz!
Onde estão os melhores ventos do mundo, para a geração de energia eólica? Na Bahia.
Não é por outro motivo que a cada mês anuncia-se um novo investimento, na área.
Nesta terça-feira, foi a vez da Tecsis, uma das líderes mundiais na fabricação de pás, comunicar a implantação de uma unidade industrial, na Região Metropolitana de Salvador, para produção de pás e acessórios para geradores eólicos, investimento de R$ 100 milhões.
Já se instalaram aqui a Alstom, Gamesa, Acciona, além da Torrebras.
E quanto estamos gerando de energia éolica, nos parques já inaugurados? Quase nada. E por que isso? É que a CHESF simplesmente não apronta as linhas de transmissão.
Fosse uma empresa privada, todos os dirigentes da CHESF estariam de há muito demitidos. No olho da rua. Sem o direito de levar uma lanterna.